Alguns funcionários que trabalham no Grupo Rangel, empresa de contabilidade localizada no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio, deixaram de lado, pelo menos por alguns minutos, as planilhas de Excel e os balanços financeiros para ingressarem em um concurso de quem conseguia comer um panetone de 400g em menos tempo.
A competição, que contou com a participação de 7 pessoas, teve até público, que eram os próprios empregados da firma, com direito, inclusive, a cobrança de ingresso (R$ 2,00 e meia para entrada para estagiário – R$ 1,00). O valor foi revertido na compra do prêmio para o primeiro colocado, uma caneca com o feito registrado por escrito.
Além da quantia arrecada com os bilhetes, os empregados que participaram da ação doaram outros brindes, como cosméticos e bijuterias para as participantes.
Curiosamente, a ideia de promover a competição surgiu justamente da falta de adesão por parte de alguns funcionários de realizarem um amigo oculto, tradicional brincadeira de fim de ano nas empresas. O responsável por idealizar a “batalha dos panetones” foi o analista contábil Leandro Barros, que tem 34 anos e há 4 trabalha na empresa de contabilidade.
“Escritório de contabilidade tem a fama de ser entediante, chato, burocrático, e o objetivo era dar uma animada no setor já que não teríamos o amigo oculto. Então, para criar esse entretinimento entre a galera, nós criamos esse torneio”, explica Barros, que revelou ter se inspirado na famosa série britânica (posteriormente ganhou uma versão americana) The Office, que retrata o cotidiano de um escritório com situações bem-humoradas e, por vezes, absurdas.
“A série tem umas coisas bem fora da caixa, baseado um pouco na série The Office eu resolvi criar o primeiro grande Torneio de Comedores de Panetone do Setor Contábil. Que era pra ver se o pessoal se empolgava, dava uma animada, e deu certo”.
A grande vencedora e o título inesperado
A estagiária contábil, Ana Ester, de 31 anos, devorou o seu panetone em exatos quatro minutos e 33 segundos, estabelecendo o novo, e primeiro recorde da competição. A grande campeã do torneio conta que, de início, achou a ideia um tanto quanto bizarra, porém, mas ao ver a empolgação dos colegas de trabalho resolveu entrar na disputa.
“De início achei a ideia meio tosca. Os outros setores estavam fazendo amigo oculto, que é algo mais comum nessa época do ano. Mas ao ver a animação e o envolvimento das pessoas que trabalham no meu setor, eu me animei”.
Ana relata que foi uma enorme surpresa, para ela mesma, ter conquistado o título, tendo em vista que outros participantes, com fama de “comerem bem” eram cotados como favoritos no torneio.
“Todos estavam apostando em outros dois participantes, que eram meninos. Eu me surpreendi muito. Fui com a cara e a coragem“, conclui Ana, sem conseguir segurar o riso.
A disputa com o quitute natalino teve até regulamento assinado pelos participantes
Idiotice.
Gostei! Enquanto os outros setores faziam o chato amigo oculto, essa equipe resolveu inovar e animar!