O percentual de lojas, escritórios e salas comerciais que estão vazios no Centro do Rio chegou a 45% no fim de 2020, segundo número divulgado pela Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi). O dado atesta o recorde negativo do setor na região e evidencia a necessidade de transição para uma realidade em que o Centro do Rio possa ver renascer o uso residencial de parte de seus imóveis.
Quem anda pelo Centro, se depara facilmente com lojas fechadas e suas placas de “aluga-se” ou “vende-se”. O fluxo de pessoas também diminuiu drasticamente, mesmo em trechos com grande movimento. “O Centro do Rio tem um enorme número de funcionários públicos, municipais, estaduais e federais. A maioria deles está ainda em home-office, e isto diminui drasticamente o tráfego e o número de consumidores, sem contar a ausência de grande parte dos trabalhadores de empresas privadas“, diz Lucio Pinheiro, Diretor de Locações da Sergio Castro Imóveis, uma das maiores empresas imobiliárias com filial na região.
O esvaziamento das ruas chama atenção, mas não surpreende. A pandemia da Covid-19 obrigou as pessoas a se resguardarem em casa e gerou uma série de fechamentos de estabelecimentos e escritórios comerciais, apesar de se observar que estão ocorrendo a abertura de algumas lojas novas, como a Grand Cru, na Rua da Assembléia, e a nova Renner, na Rua da Quitanda. Mas a verdade é que o problema do Centro não vem só da pandemia. “Antes da pandemia, já 40% dos imóveis estavam vazios“, complementa o diretor da Sergio Castro.
Muitas empresas investiram no home-office ou revezamento de escalas, mas muitas outras tiveram que demitir funcionários e encerrar as atividades definitivamente.
Prefeitura do Rio quer transformar construções antigas do Centro em moradias
No último dia 26 de janeiro, o prefeito Eduardo Paes lançou o plano Reviver Centro, que visa estimular a recuperação social, econômica e urbanística do Centro do Rio através da permissão de novos usos para fomentar a construção de novas moradias e, também, o retrofit de prédios comerciais, transformando-os em edifícios residenciais ou mistos. Um dos objetivos do projeto é a revitalização do centro da cidade, um dos trechos mais atingidos durante a pandemia da Covid-19.
A Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI), exaltou a iniciativa do órgão em querer restaurar, valorizar e manter as construções históricas do bairro, além de terrenos vazios. De acordo com a Associação, grande parte dos imóveis foram esvaziados entre março e dezembro de 2020.
De acordo com Marcelo Borges, Diretor de Condomínio e Locação da ABADI, a associação reconhece o esforço do mercado em dar força ao Reviver Centro. Inclusive, a própria ABADI, junto com o Secovi Rio, encaminhou um ofício à Prefeitura, particularmente ao Washington Fajardo, atual secretário de Planejamento Urbanístico, se oferecendo como entidade que pode dialogar com a Prefeitura, dar ideias, participar de projetos e discussões sobre o assunto.
“Acreditamos que o centro da cidade pode voltar a ser uma região híbrida, com imóveis comerciais convergidos e convertidos em residenciais, como era no passado. Lógico que precisamos de um projeto de infraestrutura voltado para que todo plano dê certo, que atraia investidores e incorporadoras para a região”, ressalta Marcelo.
O diretor também demonstrou preocupação com o esvaziamento dos imóveis comerciais da região, diretamente afetados pela pandemia da Covid-19.
“A gente tem um déficit habitacional muito grande que pode e precisa ser resolvido. Estamos com uma vacância grande de imóveis comerciais no centro da cidade. É um cenário grave e incomodo, portanto, vemos com bons olhos o esforço em reverter essa situação. Estamos muito motivados com essa iniciativa”, finaliza.
Mas segundo especialistas, não deve ser tão simples obter a tão sonhada “massa crítica”. Para o empresário Claudio Castro, que atua há 25 anos investindo em imóveis na região, “A idéia é excelente, mas esbarra na dificuldade da transformação dos comerciais em residenciais e na grande fragmentação da propriedade no Centro. Condomínios com 200, 300 proprietários dificilmente chegarão a um consenso de permitir a transformação dos prédios em mistos ou comerciais. Para obter uma real mudança, é preciso criar uma fórmula que permita impulsionar de fato a construção de imóveis residenciais em determinados quadrantes do Centro, inclusive eliminando restrições à construção.”
Não vejo a hora de isso acontecer, é pra lá que eu vou, eu amo o centro do Rio, eu nasci no Estácio, por tanto já sou do centro, conheço tudo e sei como viver muito bem no centro.
Dado importante na reportagem:
“Antes da pandemia a taxa de desocupação era de 40 %…”
E hoje( pós covid) é de 45% ?
Exatamente o que o Joao falou abaixo. Continuem em casa, comprando bastante coisa de SP pela internet. Transfiram bastante empregos, impostos pra la e pra putros estados. O Centro da cidade ta sendo mais afetado mas qualquer bairro que voce va voce vai encontrar lojas e salas amultuadas a venda e pra locacao. Galpoes na avenida brasil todos vazios, industrias ja foram todas embora. Comprem bastante pela internet, continuem comprando dos grandes de outros estados. Vamos ver quem.sobra pra pagar a conta.
Ecommerce é o que vem por aí. Se é que já não está já. Acostume-se
Eu ja estou acostumado. Sou aposentado pra mim nap faz diferenca, minha contribuicao ja foi dada. Gracas a Deus num Rio de Janeiro sem ecommerce, comercio de bairro pujante, empregos a vontade e bons salarios. Hoje o comercio dos bairros virou filme de faroeste, tudo fechado. Tenho pena de voces que vao ficar sem emprego, ou entao vao ter que mudar pra estados para busca-los. E nao adianta dizer que é funcionario publico, porque tambem serao afetados. Se nao tem comercio, nao tem como pagar impostos. Se nao tiver imposto, nao tem salario. Uma hora a conta nao vai fechar com certeza. Alias ja nao esta fechando, percebe-se que o 13 salario dos servidores ja nao foi pago, prefeito esta aguardando entrar dinheiro de IPTU dos contribuintes que conseguiram pagar pra honrar os atrasados. Enquanto isso, Sao Paulo que vendeu bem no “ecomerce” pro carioca exxxperto, recolheu bastante imposto do carioca malandro, ta ate bancando vacina com dinheiro proprio. Contibuem comprando pela internet, fiquem em casa esperando o salario cair na conta final do mes.
Cara, se o Rio não tá dando mais emprego, então que a pessoa se mude! O Rio só gerava emprego no centro da cidade, o que fazia todo mundo do subúrbio ter que se matar com trânsito e transporte público lotado pra ir e voltar do serviço na tal do “bairro pujante”. Eu não quero mais essa vida! Aliás, ninguém do Rio que trabalhe em home office vai precisar mudar se não quiser. Quanto ao comércio, quem trabalha em home office pode comprar de seu comércio local, se o centro do Rio perdeu cliente por causa do home office, que se mudem pro subúrbio, onde os mesmos trabalhadores de home office estão comprando agoa que estão em casa.
Durante toda minha vida andei de transporte publico e nao morri por causa disso. Me aposentei muito bem e vivi-se muito bem sem essa modinha de home office. Com essa sua mentalidade tosca podemos dar adeus tambem as empresas de onibus, mandar varios motoristas pra rua. Se todos esses servicos forem reduzidos ou tiverem que fechar em definitivo como esta agora varios comercios, grande parte desses empregos que estao em home office vao ser extintos tambem, por consequencia. Eu sei que é legal ficar em casa fingindo que trabalha e recebendo final do mes, mas uma hora isso vai ter um fim.
Morei no centro nos anos 80 e 90, atualmente moro na zona norte,gostaria de voltar a morar no centro más do jeito que está não dá, já estou pensando em mudar de estado,passar a noite pelas ruas do centro é risco de vida
A cidade é inviável, compare com capitais de estados próximos, São Paulo, BH, Vitória ou cidades do Sul, tudo absolutamente tudo é mais barato e em conta, ninguém paga mais prêmio por causa do Cristo Redentor, IPTU, ICMS, IPVA , luz, água, telefone s citar a violência e a corrupção generalizada. Aqui é um bom, Lugar para passar um fim de semana.
Ideia de Eduardo Paes, revitalizar o Rio. Esse é o resultado de falta de planejamento. Centro do Rio vazio, lojas fechando e desemprego.
Com a ganância dos proprietários, fica difícil o centro do Rio voltar a ser o que era, os valores das locações foram aumentando com o passar dos anos, até ficar insustatavel ter uma loja ou escritório no centro do Rio, mesmo com esse cenário, os senhorios não baixam os aluguéis, resumindo, preferem ficar com as lojas fechadas a baixar o valor do aluguel, que moram abraçados com suas lojas .
Décadas roubos e bandalheira total na ADM pública , não foi só a Pan-de-mi-a ,antes as coisas já estavam ruins … Vai ser difícil recuperar !
Fim de festa. Acabou.
O comentário efetuado pelo Joao, é a pura realidade. O centro do rio , local rico em história, com o passar do tempo, foi sendo relegado. A especulação, a falta de cuidado e interesse em conservar sítios históricos, relegou esta parte da cidade ao obscurantismo. Uma terra de ninguém. Estou há mais de 30 anos no centro, próximo ao consulado americano, local até então, pouco deteriorado. Mas, tenho observando a completa decadência. A situação não tem volta. No mais, tudo é “flash” para enganar os otarios. Assim caminha o Brasil.
O Rio teve uma grande oportunidade com a olimpíada, mas fizeram obras supérfluas e gastaram bilhões, como esse BRT e VLT. É mais do que sabido que transporte no Rio só se resolve com malha metroviárias e rodoviárias, mas principalmente a metroviária, no entanto, enquanto os empresários de ônibus continuarem mandando, subornando os governantes, nada mudará. É lamentável ver tanto desperdício e desvio de dinheiro público, dinheiro este que , se bem empregado, ajudaria bastante a recuperar o Centro. Em tempo: Crivela assumiu uma prefeitura quebrada, nem dinheiro tinha para terminar a obra da Av. Brasil, já se arrasta por longos seis anos, mas com o apoio da Globo, eis que Eduardo Paes volta a ser Prefeito, o mesmo que quebrou a cidade.
O Rio de Janeiro começou sua decadência ainda na década de 60 quando a Capital se mudou para Brasília. Ninguém lutou contra isso. Nas décadas seguintes foram só desmandos , crises, corrupção, favelizacao. O Rio não merecia isso.
Parabéns Marcellus, você tem boa visão de política. Naquele momento foi o início da derrocada, mesmo o RJ recebendo uma bolada do Governo Federal pela perda do status de Capital Federal, a verba foi toda desviada sem trazer nada de melhora para o RJ.
Infelizmente a cidade do Rio de Janeiro esta em decadência total ? Triste ver uma cidade tão rica em história e arquitetura acabar desta forma! Este projeto de revitalização vem desde do prefeito Conde, e nunca saiu do papel. Governos corruptos e sem compromisso com a cidade e agora esta pandemia terminou de sangrar a cidade. O centro hoje é um abrigo de moradores de rua onde lixo, fezes e urina torna o cenário num decadência total! Espero mesmo que Eduardo Pães consiga reverter isto e trazer a cidade a beleza e alegria que sempre foi.
Voces realmente acham que o prefeito esta preocupado com o Centro? Fui lojista no Centro por 21 anos. Primeiro a prefeitura mandou fechar a loja em Marco de 2020, depois deixou abrir, depois fecha, depois abre. Ate que em junho de 2020 atolado em dividas fechei de vez. Voces estao enganados achando que o problema é do home office. A renda dos trabalhadores que viviam do comercio foi embora. O elo da cadeia se quebrou. Quem ficou em casa e tem emprego garantido, que sao funcionarios publicos e politicos estao rezando pra continuar em casa vendo pagamento cair na conta no final do mes e fazendo compras pela internet, comprando de grandes empresas de outros estados. Compram geladeira, fogao, etc tudo vem de fora pra pagar mais barato e o imposto, mao de obra, emprego vai tudo pra SP. pra piorar a situacao a prefeitura avida por dinheiro ainda cobrou IPTU dos lojistas do Centro que estao com lojas fechadas ha mais de 1 ano. IPTU gordo, pois precisam sustentar quem esta de home office e os varios cabides que o Sr Prefeito esta criando na prefeitura, basta ver o RJTV segunda edicao. Enfim, recomendo a quem ainda tiver algum capital para investir, que fuja do Rio de Janeiro. Invista em outro pais, ou nesses estados aonde tem grandes empresas como Magazine luiza pois é pra la que vao os empregos, é cada vez mais deles que o carioca compra sem saber que esta destruindo a sua propria economia, concentrando nos grandes. Procure qualidade de vida em outro pais porque isso aqui virou terra arrasada. Concentraram a producao toda em meia duzia de grandes empresas e so querem saber de bolsa de valores. Acabou Brasil
Muitos fecham escritório no Centro e alugam nos centros comerciais na Barra, muuuito mais barato e tudo novinho…concordo que isso tudo aconteceu por causa da especulação imobiliária no local.
Até 2017 era bem comum a cobrança de luvas/joia por parte dos donos das lojas. Mesmo já sofrendo um esvaziamento gradativo em razão dos altíssimos aluguéis a cobrança continuou. Taí o resultado!
Muito simples: Incompetência de nossos Governantes. Municipal; Estadual, e Federal. E, omissões dos membros do Poder Judiciário. Parabéns para esses inábeis, conseguiram com o que o Rio de Janeiro, ficassem iguais a eles: HORROROSOS.
O Centro do Rio virou um caos no momento em que a República foi instaurada. Antes, nos tempos do Império, o Centro era um lugar lindo, limpo, organizado e com essa ideia mista: residencial e comercial. Desde que a República e seus prefeitos começaram a expulsar os moradores do Centro e a demolir construções belíssimas em prol do “avanço” da antiga capital (RJ), vemos a deterioração dessa região.
Acho ótima a ideia do prefeito Eduardo Paes de voltar com as residências no Centro, finalmente as construções antigas que ainda ficaram serão revitalizadas e valorizadas, e o Centro voltará aos eixos e deixará de ser tão feio, caótico e também tão sombrio, como é nos finais de semana.
Espero que “especialistas” (pra não dizer pessimistas, invejosos e gananciosos) como esse senhor Cláudio Castro não venham com seus pretensiosos estudos de caso tentar paralisar esse maravilhoso projeto de revitalização do Centro do Rio de Janeiro. Porque por ele (Cláudio Castro) o Centro fica como está, com as construções antigas vazias e caindo aos pedaços e se constroem outros empreendimentos. O que significa isso? Ganância, pura ganância, assim como fizeram aqueles da República, quando destruíram o Centro da cidade.
A Capital do nosso Rio de Janeiro, contém o Centro do RJ, que está realmente abandonado. O VLT só tem as funções de ligar a Praça XV ao aeroporto e à Rodoviária. Acho difícil, o Prefeito conseguir fazer uma revitalização nesta crise. Era usuária do ônibus C10, que virou A010, onde ficamos até 2h esperando e não vem o ônibus, um abuso c o morador do Bairro de Fátima.
A ganância destes prefeito e governador ( diga-se Cabral e Paes, ) arrebentaram o centro do Rio com essa porcaria deste VLT e obras de fachada, que, esses caras teriam que apodrecer na cadeia, malditos canalhas. Centro, Local onde trabalhei por mais de 20 anos hoje jogado as traças e abandonado, e esse cara ainda volta como prefeito, vocês que votaram nele, merecem.
Concordo plenamente.
O Centro do Rio começou a piorar quando surgiu o VLT. Uma grande besteira e elefante branco. Onde passavam muitos carros e onibus agora é VLT. Daí que diminui o fluxo de pessoas e as lojas começaram à fechar. Aonde estaciono o carro caiu drasticamente a procura.
Morei no centro nos anos 80 e 90, atualmente moro na zona norte,gostaria de voltar a morar no centro más do jeito que está não dá, já estou pensando em mudar de estado,passar a noite pelas ruas do centro é risco de vida.
Acho bem interessante a ideia de não deixar o centro do nosso Rio que é maravilhoso não cai no vazio entregando as calçadas a pessoas em condição de rua, o que acho que todos teem direto a uma teto. Aí seria um outro projeto.
Nós vivemos de turismo entre poucas outras coisa. O Rio é lindo e já está abandonado há tempos.
Resultado de anos de explosão dos preços dos imóveis e dos aluguéis. Desde 2010 os preços ficaram surreais. E os governos não fizeram nada. Agora já era. Morram com seus tijolos, proprietários.
Falou uma idiota que parece ignorar o fato de que muitos desses imóveis vazios antes ocupados por comércio, a maioria de propriedade de terceiros, a maior parte pertencentes a grupos e bancos, fazendo parte da carteira de fundos imobiliários, ou até da Ordem Terceira da Penitência, sendo que está última inclusive se desfez de alguns na Rua da Carioca, comprados pelo Opportunity, que na renovação dos contratos de alugueis ajustou mais do que o triplo, levando ao fechamebto de lojas tradicionais antigas.
Desculpa pelo idiota, quis dizer falou uma idiotice.
Existe uma forma mais simples de equacionar o problema, diminuição dos valores dos aluguéis, enquanto a especulação imobiliária imperar na Cidade do Rio, continuaremos a ver a degradação da mesma, os valores praticados são irreais.