Depois de dois anos com as visitas suspensas, o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do RJ, será reaberto ao público a partir do próximo sábado (06/03). A decisão de reabrir o palácio, localizado na Zona Sul do Rio, foi tomada pelo governador em exercício Claudio Castro.
As visitas só poderão ser feitas mediante agendamento pela internet, em grupos de no máximo 30 pessoas e com todos os protocolos de segurança contra o Coronavírus exigidos nesta pandemia.
Originalmente idealizado para servir de moradia ao casal Branca e Eduardo Guinle e seus três filhos, César, Eduardo Filho e Evangelina, o palácio foi vendido para o governo federal em 1947. No Golpe Militar de 1964, chegou a ser cercado por tropas militares.
Construído entre 1910 e 1913, o projeto da casa foi assinado pelo arquiteto construtor Armando Carlos da Silva Telles, baseado em um desenho inicial do arquiteto francês Joseph Gire, que posteriormente projetou para os Guinle o famoso Copacabana Palace Hotel e o palacete da Ilha de Brocoió.
Patrimônio artístico e histórico do RJ, o local foi inspirado na Ópera de Paris e no Cassino de Montecarlo. Uma restauração recente recuperou os afrescos no teto, as cenas gregas na parede e as figuras aladas na escada, copiadas de um palácio na Itália.
Na biblioteca, um dos episódios mais obscuros da nossa história foi arquitetado pelos militares: a reunião que decretou o AI-5, suspendendo os direitos políticos e a liberdade de expressão.
Depois, o palácio passou a ser a residência de governadores. Cinco foram presos. E o último, Wilson Witzel, responde a processo de impeachment por corrupção.