Paes critica operação policial no Jacarezinho: ‘política de segurança pública inexistente e equivocada’

Prefeito do Rio de Janeiro adotou tom forte para falar da operação no Jacarezinho que resultou na morte de 25 pessoas

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Eduardo Paes, prefeito do Rio - Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes não poupou críticas a operação policial realizada nesta quinta-feira (06/05) no Jacarezinho, Zona Norte da cidade, que resultou na morte de 25 pessoas, entre elas, um policial civil.

Para o chefe do executivo municipal, a situação é resultado de uma política de segurança pública “inexistente e equivocada”. Paes ressaltou que “isso submete policiais a risco e permite que o crime se alastre”.

O prefeito do Rio não considerou normal uma ação de agentes públicos de segurança com um número de vitimais fatais tão exacerbado, mesmo se tratando de criminosos. Paes também falou da possibilidade da favela do Jacarezinho, que fica próxima da Cidade da Polícia, ser ocupada pelas forças de segurança.

“A gente não pode achar que é normal, ou minimamente civilizado, que 24 cidadãos sejam mortos. Podem ser eventualmente criminosos, mas não é algo normal”, disse Paes, que completou: “A cena de ontem não pode ser aceitável, por mais que estejamos falando de delinquentes. Não é aceitável que uma comunidade que fica na frente da Cidade da Polícia seja dominada pelo poder paralelo. Não faz sentido. A CidPol, que reúne toda a inteligência de polícia do Rio de Janeiro, fica no Jacarezinho. O ideal é que a gente tivesse 24 pessoas presas. Há uma oportunidade de se fazer uma operação permanente no Jacarezinho”.

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Eduardo Paes defendeu equilíbrio nas ações da polícia e fez um apelo ao Supremo Tribunal Federal para que tome uma decisão exigindo do Estado que exerça “o monopólio da força cumprindo a lei”. O prefeito citou ainda outra região da cidade que tem a rotina ditada pela violência: a Vila Aliança, na Zona Oeste. Ele contou que teve que cancelar uma visita à região no último sábado por questões de segurança:

Isso é normal? É normal uma decisão da Suprema Corte que impede todas as ações policiais num local? Por outro lado, é normal uma ação que, em contraponto, invade a comunidade e promove violência? Precisamos de um meio-termo“.

Para Paes, é preciso que o acesso de policiais às comunidades seja liberado e as ações que foram alvos de denúncias de abusos, investigadas.

“Faço aqui um apelo ao STF (Supremo Tribunal Federal): se há uma intervenção a ser feita, não é tirando o bode da sala. Se há uma irregularidade, precisa ser investigada e punida. Mas que decisão é essa que diz que a polícia não pode entrar no local? Se não pode entrar porque mata, é porque o Estado é assassino. Se é assassino, que seja punido”.

Ele lembrou ainda a frase dita por Wilson Witzel durante sua campanha ao governo do estado, “do tiro na cabecinha”, e explicou que “não quer esculhambar forças policiais nem passar a mão em cima de bandido”. Para o prefeito, “não podemos ficar nessa dicotomia”.

“Vai pra lá um maluco que diz que tem que dar tiro na cabecinha. Maluco mesmo. Só um maluco pra ganhar aquela eleição. Ele dizia na minha frente: “Vou dar tiro na cabecinha”, e as pessoas aplaudiam. É normal isso? Não vou passar a mão na cabeça de delinquente, bandido. Mas isso não pode acontecer. Não quero esculhambar as forças policiais nem passar a mão em cima de bandido. Mas não podemos ficar nessa dicotomia. O apelo do prefeito é: não tomem uma decisão proibindo o Estado de exercer o monopólio da força. Tomem uma decisão exigindo o Estado a exercer o monopólio da força cumprindo a lei”.

A operação feita pela Polícia Civil na quinta-feira (06/05), se tornou a mais letal da história do Rio de Janeiro.

As declarações de Paes foram feitas durante a reunião na manhã desta sexta-feira (07/05), para anunciar o 14º boletim epidemiológico, no Centro de Operações da Prefeitura.

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5 COMENTÁRIOS

  1. Paes Palho manda algumas ao vento igual biruta de aeroporto. Se pegar mal, ele vai lá e se retrata. Na dúvida, ele manda esse senso-comum aí que ele falou…

  2. 24 cidadãos mortos?!

    Cidadãos são as pessoas de bem que travalham muito e pagam seus impostos pra se sustentar; a família e o Estado com seu salário de fome, mas que ainda assim tem sua dignidade intacta, pois não corrompem ninguém; não compram e nem vendem Brizola e nem pó com armanentos pesados, e bem mais de quê os dos policiais; não roubam carga; não fuzilam policiais nas ruas (cadê os direitos humanos para estes mortos?).

    Esses 25 vernes, crápulas que foram mortos não tem nenhuma dessas qualidades, e foi muito bem feito pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

    O policial que morreu, sim era um cidadão de bem que pagava seus impostos, anjos enviados por Deus para eliminar esses demônios da terra, e também era arrimo de família com sua mãe acamada, que a qual dependia dele pra tudo. E agora?! Cadê os direitos humanos pra dar uma força à ela, hein?! Não aparece, é claro, né?! Órgãos de direitos humanos neste país é sucursal do crime organizado e se alimentam disso! Por isso é de interesse que eles não sejam mortos!

    Que venham muito mais operações policiais iguais a esta ou pior, no sentido de eliminar bandidos!

  3. Cala a boca vagabundo!!
    A maioria da população é honesta,e vc defendendo marginal??
    Quando um vagabundo desse defende marginal, está é marginalizando todo morador de favela HONESTO!!
    Não os iguale seu idiota!!!A maioria só não denuncia por medo,mas adorou a operação com saldo zero de perdas de inocentes!!!
    A operação foi tão bem sucedida,q os marginais não tiveram tempo de matar inocentes,para a culpa cair em cima dos policiais!!
    Nota 1000para a polícia ,e zero pra esse idiota!!!

  4. Boa era política de segurança do Brizola,Garotinhos,Cabral e Pezao não é mesmo Eduardo Paes?

    O Castro está tentando dar um mínimo de segurança para população do estado do Rio de Janeiro.

    Como fizeram o pivete do Moreira Franco,o ladrão do Marcelo Alencar e o picareta do Wilson Witzel.

    O seu melhor comparsa ( Sérgio Cabral) fez um exelente trabalho na segurança pública.

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