De acordo com a revista Veja, em colaboração premiada do advogado Nythalmar Ferreira acusa o juiz Marcelo Bretas de ter atuado deliberadamente para influenciar o resultado das eleições que elegeu Wilson Witzel (PSC) em 2018. Às vésperas do primeiro turno da disputa de 2018, o juiz teria vazado o depoimento de um ex-assessor de Paes, acusando o candidato de envolvimento em fraude de licitações e recebimento de propina. O delator informou ter ouvido do próprio Bretas a revelação de que ele nutria antipatia pelo ex-prefeito e que “foi importante que a população fluminense soubesse quem era Eduardo Paes antes da eleição”.
Ainda de acordo com o delator, em busca de um armistício, já no segundo turno, o candidato Paes teria se comprometido, caso eleito, a nomear uma irmã de Bretas para uma secretaria no futuro governo. Nesse mesmo período, Nythalmar afirma ter havido outra negociação incomum envolvendo o juiz, Eduardo Paes e Wilson Witzel. Segundo ele, após ser derrotado por Witzel, Paes fez um acordo informal com o magistrado pelo qual abandonaria a política “em troca de não ser perseguido”. Witzel, por outro lado, nomeou Marcilene Cristina Bretas, a irmã do juiz, para um cargo na Controladoria-Geral do Estado.
Na delação, o advogado revela que Marcela Bretas nutria antipatia pelo atual prefeito Eduardo Paes e que, por isto, passou a atuar para derrota-lo nas eleições de 2018, quando disputou o governo do estado. Naquele pleito, Bretas deliberadamente usou a 7ª Vara da Justiça Federal para ajudar o adversário de Paes, o ex-juiz Wilson Witzel, seu amigo, hoje afastado definitivamente do cargo de governador por corrupção.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, presidida por Felipe Santa Cruz, aliado de Paes, deverá encaminhar ao Conselho Nacional de Justiça e também ao Conselho da Justiça Federal um pedido de afastamento do juiz Marcelo Bretas.
Em seu Twitter Bretas diz que as informações são falsas e os fatos distorcidos. E cita matéria do Antagonista que o Nythalmar “relatou de viva voz a interlocutores que recebeu uma oferta de dinheiro para ajudar a destruir a reputação de procuradores da força-tarefa e o juiz Marcelo Bretas”.
A matéria diz que a a abordagem ocorreu no mês passado e partiu de uma pessoa interessada em minar Bretas e a força-tarefa. Nythalmar disse a um interlocutor não ter aceitado a oferta.
Na dúvida, eu acredito no delator – especial considerando ué do outro lado está o Bretas… usou do mesmo expediente do ex-Juiz Moro. Gostava de posar para foto aí lado do Witzel. Teve uma irmã nomeada pelo DesGovernador eleito. Além do que existiu à época notícia que Paes se afastaria da política. Tudo verossímil.