Localizada no Centro do Rio de Janeiro, A Avenida Almirante Barroso é uma movimentada via situada no trecho mais nobre da região, perto do Theatro Municipal, da Biblioteca Nacional, da Cinelândia, da Câmara dos Vereadores e de tantos outros equipamentos históricos e culturais da cidade.
Cortando a Avenida Rio Branco, a Almirante Barroso também é extremamente movimentado, em função da presença do VLT, do metrô e de inúmeras linhas de ônibus que circulam na área. Um dos pontos de referência dessa parte da cidade, é o enorme prédio da Caixa Econômica Federal.
Mas afinal, quem foi Almirante Barroso?
Francisco Manoel Barroso da Silva nasceu em 29 de setembro de 1804 em Lisboa; veio para o Brasil, com seus pais e a Família Real portuguesa, chegando ao Rio de Janeiro em 1808.Ingressou como Aspirante na Academia de Marinha em 1821.
Como Guarda-Marinha e, depois, como Tenente, lutou na Guerra da Cisplatina, a bordo de navios da Marinha Imperial brasileira. Participou de diversos combates.
Atuou na repressão à Cabanagem, na Província do Pará, e à Guerra dos Farrapos, no Sul, durante o Período Regencial.
Comandou diversos navios, inclusive a Corveta Baiana, em uma viagem de instrução no Oceano Pacífico.
Também esteve à frente da Estação Naval de Pernambuco; depois, já como Oficial-General – Chefe de Divisão (posto que correspondia ao de Comodoro em outras Marinhas), comandou a Estação Naval da Bahia e, mais tarde, a Divisão Naval do Rio da Prata.
Participou da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, operando no Rio Paraná e, depois, no Rio Paraguai, até a Batalha de Curupaiti. Comandou a força naval brasileira que venceu, em 11 de junho de 1865, a Batalha Naval do Riachuelo, no Rio Paraná.
A vitória foi alcançada graças à coragem e à iniciativa de Barroso, que, após conseguir sair da armadilha montada pelos paraguaios, nas proximidades da foz do Riachuelo, com canhões e tropas na margem do rio, e navios e chatas artilhadas, retornou ao local e empregou a Fragata Amazonas, sua capitânia, para abalroar e destruir navios inimigos.
A Esquadra paraguaia foi praticamente aniquilada, não tendo mais papel relevante nessa guerra; manteve-se o bloqueio que impediu o Paraguai de receber armamento e, até, os navios encouraçados que encomendara no exterior; e as tropas paraguaias retrocederam para dentro do território do Paraguai, por verem seu flanco e sua logística, em território invadido, ameaçados.
Deixou o serviço ativo como Almirante e fixou residência em Montevidéu, no Uruguai, onde faleceu, em 1882.
* Com dados da Marinha do Brasil