Nesta segunda-feira (23), o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que não concordava com a inclusão de crianças com deficiências na escola tradicional.

Como se não bastasse, Milton alegou que o “inclusivismo” é prejudicial para as crianças portadoras de algum tipo de deficiência, pois necessitam de escolas que garantem cuidados especiais e profissionais especializados. Mas não se espante, pois durante a leitura, você verá falas ainda mais assustadoras.

“Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar”, disse o Ministro da Educação em entrevista concedida à Jovem Pan.

Ou seja, apesar das críticas e da desaprovação da população, Milton ainda continua com seu discurso preconceituoso.

Infelizmente, esse é o tipo de fala que mais ouvimos no governo de Bolsonaro, já que seus aliados compartilham do mesmo pensamento ultrapassado.

Além disso, Milton Ribeiro disse que 12% das crianças com deficiência nas escolas públicas têm um grau que “impede dela ter o convívio” dentro da sala de aula. Para completar, o ministro disse que as crianças com deficiência podem ser comparadas com os atletas olímpicos, visto que é necessário a criação de uma “escola especial” para elas.

Depois, Ribeiro admitiu que não deveria ter dito que as crianças com deficiência “atrapalhavam” o processo de aprendizagem de seus colegas de classe. No entanto, depois de reconhecer que cometeu um erro ao dizer isto, o Ministro da Educação afirmou que quando estão no mesmo ambiente escolar, as crianças com deficiência e sem nenhum tipo de deficiência tendem a prejudicar o desenvolvimento da outra parte.

Cada vez que Milton Ribeiro tenta consertar um erro, consegue torná-lo ainda mais grave.

Discursos como estes não deviam existir em pleno século XXI, mas essa é a realidade a que somos submetidos nesse desgoverno.

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