A saúde mental da mulher tem sido um tema muito preocupante desde meados da pandemia. Aquelas que não enfrentaram perdas familiares, hoje passam por crises psicológicas e/ou financeiras. Em muitos casos, elas acumulam múltiplas funções e ainda servem como suporte de seus familiares nos momentos de pressões.
Pesquisadores, que atuam no Campus de Três Lagoas (CPTL), em Mato Grosso do Sul, entrevistaram 822 brasileiras de várias regiões do país, mulheres mães, com média de 37 anos, e concluíram que desse total, 25% sofrem com sintomas de depressão; 7% com ansiedade; 23% de estresse; e 39% de estresse pós-traumático – aqueles traumas gerados por algum fator ocorrente na pandemia.
Um dos problemas que ficaram mais em evidência foi o aumento da violência doméstica. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres foi vítima de violência sexual ou física no mundo, desde o início da pandemia. Os pedidos de socorro para canais de atendimentos aumentaram cinco vezes em alguns países.
O que ocorre é que as mulheres ficam confinadas com seus agressores, e acabam sendo vítimas deles. Muitas se sentem impotente para denunciar e menos de 40% dessas procuram ajuda. O resultado disso é frustração, aumento de peso, depressão, estresse, baixa autoestima e outros problemas emocionais.
Outro fator importante e preocupante é que muitas delas ainda não sabem onde obter ajuda. Por isso, como parlamentar, reforço o meu compromisso com a população feminina. A campanha Agosto Lilás veio para somar. Precisamos nos unir e mostrar que esta é uma luta de todos. Muitos monumentos na Cidade foram iluminados de lilás neste mês de agosto, para mostrar que fazemos parte deste enfrentamento da violência contra a mulher. O objetivo é chamar a atenção da sociedade, dos governos, do Legislativo e do Judiciário, criando leis que possam combater, prevenir e conscientizar a população sobre o tema. Basta de violência! Vamos nos unir em prol de salvar vidas!
