Projeto de pesquisa da Uerj oferece tratamento ortodôntico para crianças e adolescentes

O atendimento é fornecido para jovens entre 10 e 15 anos na Clínica de Ortodontia da universidade

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Foto: Uerj

Projeto desenvolvido pela Faculdade de Odontologia da Uerj em parceria com o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) passa a fornecer tratamento odontológico gratuito para crianças e adolescentes entre 10 e 15 anos. A medida é de iniciativa dos doutorandos em Ortodontia Luísa Schubach e Bruno Neves, com o apoio de uma equipe formada por professores e residentes da universidade.

O projeto irá oferecer cuidado especial para crianças e adolescentes que tenham projeção excessiva dos dentes superiores. A ação faz parte da pesquisa clínica “Tratamento de pacientes com maloclusão de Classe II”, realizada no Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária. A proposta é instalar um dos três tipos de aparelhos chamados de propulsores mandibulares, que vão permanecer por 12 meses na boca, corrigindo o problema.

De acordo com os dentistas, serão comparadas análises tridimensionais das vias aéreas superiores antes e após o tratamento. O quadro dos pacientes será documentado por meio de radiografias para que a instalação do aparelho ocorra no pico do surto de crescimento puberal – fase conhecida como estirão do crescimento. O acompanhamento também se dará pela realização de tomografias no Hupe, em parceria com os residentes de Cirurgia Bucomaxilofacial.

Luísa Schubach explica que o objetivo é melhorar a condição dentária dos pacientes, aumentando a capacidade funcional de mastigação e deglutição, facilitando a passagem de ar pelas vias aéreas superiores e permitindo melhor qualidade de vida.

“Estamos muito animados e esperamos receber os pacientes que se encaixem nos critérios de inclusão da pesquisa”, prevê Luísa.

“Estamos realizando a triagem (avaliação clínica) dos voluntários que apresentam projeção excessiva dos dentes superiores. Caso o paciente esteja dentro dos critérios da pesquisa, solicitamos radiografias para avaliação da idade óssea. Após verificarmos que o paciente está no pico do surto de crescimento puberal, realizaremos o planejamento. Os alunos de especialização em Ortodontia da Uerj documentam o caso, e seguem para a instalação do aparelho, sob nossa orientação. O período de crescimento é crucial”, explica o doutorando Bruno Neves.

Roberta Barreto, mãe de Lucas, de 12 anos está sendo atendida na Ortodontia da Uerj e relata que acolhimento do seu filho foi fundamental para a família.

“Como mãe, estou muito feliz, pois estar aqui é uma oportunidade única para o meu filho. Os profissionais são ótimos, muito atenciosos e sempre disponíveis para tirar nossas dúvidas. Tenho certeza que o tratamento será um sucesso. O Lucas está rodeado por excelentes profissionais. É um projeto maravilhoso”, elogia a mãe do menino Lucas.

O projeto é inspirado em protocolo do Reino Unido. Em 1988, a professora Cátia Quintão, da Faculdade de Odontologia da Uerj, desenvolveu parte de sua tese de doutorado na Universidade de Cardiff, no País de Gales, Reino Unido. A pesquisadora estudou o protocolo de confecção do mesmo equipamento usado no projeto da OrtoUerj, o aparelho funcional de TwinBlock para o tratamento de maloclusões de Classe II. Cátia ficou bem impactada, com a ideia na cabeça e o firme desejo de realizá-la, à época já intuindo os benefícios que poderiam advir por meio da implementação do método na Uerj.

A professora Cátia conseguiu pôr em prática o protocolo na Ortodontia da Uerj em 1999. Posteriormente, foi aplicado pelos profissionais também para a pesquisa, unindo dois protocolos de tratamento para esse tipo de alteração dento-esqueletal: o de Manchester (coordenado pelos professores Klaus Barretto e José Augusto Mendes Miguel) e o de Cardiff (sob a coordenação da professora Cátia), em estudos clínicos prospectivos. 

A parceria, que atualmente possibilita a realização do projeto, é feita dentro da disciplina de Ortodontia e gerou várias publicações de alto impacto, além de um Grupo de Pesquisa registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Temos muitos frutos que estão sendo colhidos daquela ideia inicial. Sob a minha orientação, foram produzidas cinco teses de doutorado (duas em andamento), uma dissertação de mestrado, um estágio de pós-doutorado e três monografias de especialização. O projeto está devidamente registrado no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Uerj, ativo até o presente momento”, esclarece a professora Cátia.

Os interessados em participar do atendimento devem agendar uma avaliação diretamente com os profissionais Dr. Bruno Neves: (22) 98115-2181 e Dr. Luísa Schubach: (21) 99488-5574. O atendimento será realizado na Clínica de Ortodontia da Uerj (OrtoUerj), localizada no Boulevard 28 de Setembro, 157, 2º andar, Vila Isabel.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!

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