Amsterdam, esquina do mundo,
a vida é risco?
Descer as escadas, correr os canais,
buscar em bares enfumaçados
a salsa franco-caribenha,
o regae cubano, molhado de Heineken beer.
Sair porta afora,
entrar na do lado.
Um cachorro no salão,
o palco mambembe,
a ilusão dos beatnicks congelados,
rock, twist and blues.
A paquera sem futuro,
o charme jogado fora,
e o corpo acompanhando.
Desejo logo esquecido,
mudado em outra coisa,
e o ouvido zumbindo.
Sentir-se no mundo,
sem projeto imediato.
Absorver o entorno,
só ocupando um espaço.
Viver como existir,
flanando…