A Prefeitura do Rio vai passar a multar as empresas dos quatro consórcios de ônibus que circulam na Capital Fluminense, e que não disponibilizarem 100% da frota nas ruas.
A partir do monitoramento por GPS em outubro deste ano, o município vem autuando empresas que não oferecem o número suficiente de ônibus, principalmente nos horários de maior movimentação.
De acordo com a gestão municipal, o monitoramento começou em 50 linhas e hoje alcança 50% da frota.
Contudo, segundo números da própria Secretaria Municipal de Transportes, apenas 1,73% das 3.883 multas aplicadas este ano foram pagas. Ao invés de R$ 5,5 milhões, o município recebeu das empresas apenas R$ 96,1 mil.
“As multas não deixarão de ser pagas. Estão sob recurso administrativo. Isso cabe porque as empresas hoje mal têm condições de pagar salários e combustíveis para rodar com os ônibus“, disse o porta-voz da Rio-ônibus, Paulo Valente.
Diante da falta de ônibus, reclamação que vem ganhando força dos passageiros cariocas nos últimos anos, e que se agravou com a pandemia, muitos acabam recorrendo as vans, muitas vezes ilegais.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que está ampliando a fiscalização para exigir que os consórcios de empresas de ônibus cumpram as obrigações.
A Secretaria de Ordem Pública, responsável pelas vans, afirmou que faz fiscalizações diariamente e que, em caso de irregularidades, os carros são lacrados.
De acordo com o órgão, 175 vans e Kombis foram retiradas das ruas este ano por circularem fora do trajeto autorizado.