Eleições 2014 se aproximando e no Rio de Janeiro já está acontecendo um 1º round, e entre os parceiros PT e PMDB, que tem a vice-presidência do Brasil com Michel Temer, a vice-prefeitura do Rio com Adilson Pires, além de ocupar vários cargos no Governo do Estado do Rio de Janeiro. Mas em campo tem gente do PT de olho na disputa para governador em 2014 e a aliança atual pode ir água abaixo.
Não é segredo para ninguém que o senador Lindbergh Farias (PT) quer ser governador do Rio, ele bem que tentou em 2010 mas ele foi cortado, veio candidato ao Senado com a promessa de ser candidato em 2014. Só que não é bem assim que a banda toca.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) quer porque quer que seu atual vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB) seja candidato em 2014 com o mesmo leque de alianças, ou até maior, que teve em 2010, por isso hoje foi divulgada uma nota do PMDB/RJ que dizia basicamente, no resumo feito por Josias de Souza, FSP:
1) Pezão será candidato e a presença dele na disputa é inegociável”; 2) o apoio do PT seria bem-vindo; 3) caso prevaleça o dissenso, o PMDB fluminense pode sonegar apoio à candidatura presidencial de Dilma Rousseff. Palanque duplo? Nem pensar. “Não se sustenta”, diz a nota do PMDB.
A resposta de Lindbergh foi a seguinte:
“O diretório regional do PT deliberou [em novembro de 2012], por unanimidade, a minha pré-candidatura.” O senador se dispõe a “liderar a coalizão” dos partidos pró-Dilma no Rio. Reconhece o direito do PMDB de optar por Pezão. Mas não acha razoável que Cabral queira aportar suas caravelas em costas alheias: “Eles devem escolher o candidato do PMDB. Só não podem escolher o nosso candidato.”
Sobre a questão dos dois palanques, lamento dizer para Cabral, mas ele vai ter de tirar Marcelo Crivella da disputa também, no início do mês ele disse que seria candidato. E vai ser difícil, tanto Crivella, quanto Lindbergh, tem um mandato de senador que dura 8 anos, ou seja, podem ser candidatos que isso não representaria perder a cadeira. E uma candidatura a governador ajuda a ter uma exposição estadual.
Vale lembrar que Sergio Cabral é cunhado do presidenciável Aécio Neves, e o senador pelo PP, Francisco Dornelles, é tio do senador por Minas Gerais e aliado de Cabral. Ficar encima do muro seria excelente para ele.
Agora Lindbergh Farias tem que tomar um certo cuidado, em 2008 a candidatura de Anthony Garotinho acabou sendo derrubada nos Tribunais. Como o atual ex-prefeito de Nova Iguaçu também tem lá seus problemas no Judiciário pode ser que o negócio pegue para ele. Sem contar que o PT nacional sempre pode meter a mão no Rio para evitar uma candidatura, já fez assim seguidas vezes.
Agora, entre nós, se quer ser candidato contra Cabral que pelo menos entregue os cargos que tem no governo do estado. Se é para ser oposição seja direito.