O Governo do Estado do Rio de Janeiro acionou a Justiça, nesta terça-feira, para impedir o aumento médio de 50% no preço do gás natural que a Petrobras pretende colocar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022. O pedido de liminar em ação civil pública movida pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) tem como base o argumento de que a estatal está praticando preço abusivo valendo-se da condição de monopólio.
O governador Cláudio Castro ressaltou que irá lutar para que o reajuste não seja implementado. E apontou os riscos que o aumento poderá acarretar a vida da população e da economia fluminense, que está em processo de ampla retomada.
– O Governo do Rio de Janeiro não concorda com esse aumento abusivo que vai afetar a vida de milhões de cidadãos, da dona de casa e dos motoristas profissionais às empresas e indústrias. O reajuste impactaria na empregabilidade e na instalação de novas empresas que não se instalariam no Estado sem segurança jurídica – declarou Cláudio Castro.
O governador destacou ainda os trabalhos implementados durante os últimos meses para o crescimento da economia do Rio de Janeiro. – Tem sido um trabalho árduo, com resultados importantes, como a recuperação de 100% dos empregos perdidos durante a pandemia da covid-19 e atração de grandes empresas – detalhou.
– Por isso, vamos brigar para que esse aumento não aconteça. Iremos judicializar e barrar esse reajuste absurdo, extremamente prejudicial para o Estado do Rio de Janeiro. Estou ao lado da população, juntos vamos encontrar um caminho justo para todos – finalizou o governador.
Num estado movido pelo petróleo e gás, judicializar seus preços é passar recibo para insegurança jurídica dos investimentos. Por mais que fosse alto o aumento, o gás aumentou mesmo no mercado internacional e neste produto a Petrobras vinha apurando prejuízo para garantir abastecimento.
Ou queremos ser um estado sério respeitando contratos ou seremos o que somos hoje: piada!