Um levantamento estatístico feito pelo 15º Ofício de Notas, maior cartório do Estado do Rio de Janeiro, indica que o número de testamentos realizado em 2021 representa um aumento 106%, em comparação com os últimos dois anos.
Em 2019, o cartório realizou 186 testamentos. No ano seguinte, o número teve um aumento de 71%, marcando 319 atos. Já em 2021, o crescimento foi de 21%, com 384 testamentos.
A procura pelo serviço se intensificou desde o início da pandemia da Covid-19, que promoveu uma mudança de atitude da sociedade, especialmente entre os mais jovens com idades entre 30 e 50 anos, uma faixa etária que antes não se preocupava com o planejamento sucessório.
“A pandemia fez com que as pessoas realmente pensassem na sua finitude e com o destino do patrimônio adquirido em vida, em quem ela quer proteger e para quem não quer deixar seus bens“, afirma a tabeliã Fernanda Leitão.
Interessante, o testamento é uma boa ferramenta para lidar com sucessões. O problema são os vivos, que vivem azucrinando depois do passamento do “de cujus” indo à Justiça para anular testamentos – como se o morto fosse idiota ou se ele não soubesse o que queria em vida. Testamento, para ser algo realmente sério, deveria ser soberano – para não ocorrer o que ocorre no caso do processo do Gugu Liberato.