O Rio de Janeiro, já não é de hoje, tem uma fama global. E a Cidade Maravilhosa tem este apelido não por acaso. A sua geografia, com mar e montanhas de encontrando em uma faixa extremamente estreita nos presenteou com belezas naturais como o Corcovado e o Pão de Açúcar, que viraram marcos instantaneamente ligados à cidade e reconhecidos mundo afora. À geografia privilegiada se juntam a cultura de praia e corpos bonitos, o samba, carnaval e bossa nova, os times de futebol e o jeitinho carioca de festas até altas horas da madrugada.
E a série de eventos internacionais que começa esse ano somente serviu para aumentar o interesse de turistas pela cidade, garantindo à cidade o título de melhor destino turístico da América Latina e 17º do mundo (Buenos Aires está colada, na 18º posição). E o numero de turistas internacionais dobrou de 2011 para 2012 atingindo dois milhões de pessoas (ainda menos que a capital do país vizinho que está perto dos três milhões por ano).
Receber turistas não deve ser apenas uma vocação acessória à cidade. Todo turista deixa por dia uma quantidade de dinheiro na cidade que faz valer a pena aumentar o numero de turistas ano após ano. E infelizmente não temos a estrutura para tratar esses turistas com qualidade. Faltam quartos de hotéis, faltam informações em línguas estrangeiras e faltam serviços de qualidade. Somos o 17º destino apesar dos nossos problemas, uma evidência de que o Rio de Janeiro poderia estar numa posição bem mais elevada, e colhendo os frutos econômicos disso, se tratar com maior qualidade os turistas que visitam ano após ano a cidade.
E enquanto a mentalidade for de instaurar soluções temporárias para problemas permanentes, como o uso de navios para suprir a falta de quartos de hotéis exigidos pelo COI mas que faltam à cidade de qualquer maneira todo ano, não vamos chegar lá.