Cento e Sessenta e Cinco milhões. Esse é o tamanho do orçamento do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro. Um órgão que tem como objetivo controlar e aprovar as contas do nosso governo municipal, inclusive atestando ano após ano os gastos do executivo. O órgão é formado por pouco mais de 600 funcionários e capitaneado por sete conselheiros, que são de indicação para lá de disputada.
Explico. Uma lei aprovada em 2011 estabeleceu que os próximos dois conselheiros deveriam ser um procurador e um auditor. Ou seja, técnicos. Ótimo né? Mas agora, tanto o legislativo, quanto executivo e até mesmo conselheiros do TCM que estão prestes a se aposentar querem mudar a regra. Objetivo não declarado é a nomeação de políticos para estas vagas. Alguns dos autuais conselheiros eram políticos.
Cabe lembrar o seguinte. O emprego de conselheiro do TCM é coisa de outro mundo. O salário é de 25 mil reais, com motorista e carro pago pelo bolso do contribuinte. E não se perde o emprego nunca. Apenas com 70 anos há a aposentadoria compulsória.
E qual politico brasileiro não iria querer botar um de seus amiguinhos num cargo desses? Não me entendam mal, controle é necessário. Mas será que estes 165 milhões de reais estão sendo bem empregados. Será que estamos recebendo a quantidade de controle que deveríamos por esse preço? E pior, será que esses conselheiros vitalícios são a melhor maneira de ocupar vagas desta importância para a sociedade ?
No final das contas, será que alguém controla os gastos daqueles que deveriam fiscalizar as contas da nossa prefeitura?