BRT, ou não BRT

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BRT PontalEssa é a questão. E infelizmente na maioria dos debates a questão é tratada de forma superficial e amadora. Os críticos do sistema de ônibus em pistas segregadas parece se inspirar na postura parcial dos nossos governantes. Com a única diferença sendo que um é parcial para defender o sistema, o outro parcial para criticar o sistema. Levando dessa maneira a absurdos como a menção de que um BRT pode transportar 900 mil pessoas no corredor da Av. Brasil, ou que Bogotá e Curitiba erraram ao escolher o BRT e agora pagam o preço de tal escolha.

A verdade é que para cada problema de mobilidade existem varias soluções, e todas têm vantagens e desvantagens, seja em termos de capacidade, custo, sustentabilidade, segurança, e por ai vai. As criticas de superlotação ao corredor TransOeste, o primeiro em operação, são absolutamente devidas e devem ser levadas a sério. Mas quanto tempo levaria para construir no local destes um sistema metroferroviário? E valeria a pena financeiramente? Certamente a capacidade do corredor ainda não chegou ao limite, cabendo pressão para que sejam colocados mais veículos e com intervalos menores. Já quanto à falta de segurança, a grande maioria dos acidentes esta sendo causada por outros veículos e pessoas que desrespeitam as normas de transito.

Em outros casos a polêmica é ainda maior, especialmente no que tange BRT vs. Metrô. Os dois casos são o corredor TransCarioca, originalmente planejado como linha 6 do metrô, mas nunca tirado da gaveta. E o trecho entre o Jardim Oceânico (local aonde chegará a Linha 4 do Metrô) e o terminal Alvorada (onde três BRT’s terão estação). Em ambos os casos a demanda projetada está além do volume diário razoável para um sistema destes. E em ambos os casos há antigos planos para a construção de ligações metroviárias.

Isso não muda o fato que essas ligações nunca foram construídas e que a cidade convive dia após dia com engarrafamentos mais monstruosos. A mobilidade urbana do Carioca é cada vez mais limitada. A pergunta “BRT ou Metrô?” equivale a grosso modo a: “Uma melhoria menor para mais gente, ou uma melhoria maior para pouca gente?”. Pois uma coisa é certa e não é preciso debate. O BRT é muito mais barato e rápido de ser construído que o Metrô.

Frente a essas questões a meu ver o debate deveria evoluir, principalmente no que se refere a dimensão de tempo. Que se execute a construção dos BRT’s conforme previsto pela prefeitura até 2016. E que se comece a discutir hoje quais as melhorias necessárias para o período pós Olimpíadas. Porque 40 anos de investimento quase zero não serão remediados em um oitavo desse tempo.

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