Acesso limitado faz isso, trazer notícia que tá quase velha. O André Delacerda me lembrou, amanhã a torcida do Fluminense, o time mais antigo do Rio de Janeiro, verá retornar uma de suas maiores tradições (e do futebol brasileiro), o pó de arroz! Que a torcida tem o costume de espalhar durante os jogos.
Qual a história e o por quê do torcida do pó de arroz? Veja o que diz o site do Globo Esporte.
O pó-de-arroz, que nada mais é do que talco inodoro, é uma marca registrada do Tricolor carioca. A origem é controversa e remonta ao ano de 1914. O Fluminense, numa época em que os negros não eram aceitos nos clubes da Zona Sul carioca – apenas o Bangu utilizava jogadores negros – contratou o meia Carlos Alberto, um mulato, que pertencia ao América. A história diz que o jogador passava pó-de-arroz no corpo para disfarçar a cor e ser bem aceito nas Laranjeiras, e que num jogo contra o seu ex-´clubes, os torcedores adversários perceberam o truque e começaram a gritar "pó-de-arroz". Mas o feitiço teria virado contra o feiticeiro, pois os tricolores, em vez de se revoltarem com a brincadeira, teriam adotado o apelido.
Mas o goleiro Marcos Carneiro de Mendonça, primeiro grande ídolo do Tricolor, tem outra versão, disponível num documentário no Youtube. Marcos garante que Carlos Alberto não usava o pó-de-arroz para disfarçar nada, mas por que gostava de colocar após fazer a barba.
É engraçado, o urubu do Flamengo, o Porco do Palmeiras também eram xingamentos que as torcidas assumiram. Mas pelo jeito Vasco não assumiu o bacalhau e o São Paulo nunca assumirá o Bambi.
Foto do Flickr de Alex Max.