O número de artistas continua a crescer no tapete vermelho do primeiro Festival de Cinema de Vassouras. O ator e diretor Caco Ciocler chegou ao Vale do Café, nesta quarta-feira (25/5) para exibir seu filme “O Melhor Lugar do Mundo é Agora”, participar das atividades paralelas do evento, e aproveitou para ficar na cidade até o encerramento do evento.
O novo documentário é o terceiro filme que Caco assina como diretor. Ele, que atualmente faz parte do elenco da novela Pantanal, participou de filmes como “Olga” e “Meu Pé de Laranja Lima”, e da novela “Páginas da Vida”. No tapete vermelho do festival, no centro de Vassouras, o diretor disse ao DIÁRIO DO RIO que a execução do festival faz parte da inteligência de abraçar oportunidades.
“É tão genial quando alguém tem essa possibilidade e enxerga a importância e o bem que isso faz. O retorno que todo mundo pode ter, a cidade, o cidadão, o próprio estado do Rio de Janeiro. É a criação de um novo pólo cultural que movimenta turismo, restaurantes e todo o circuito do Rio de Janeiro”, afirmou Caco.
Durante a tarde, Ciocler participou de um painel sobre direção audiovisual no Centro Cultural Cazuza, no centro de Vassouras. Além de falar sobre a sua experiência como ator de teatro, de filmes e novelas, e como diretor, ele criticou ataques políticos à Lei Rouanet. “Algumas pessoas falam coisas sem saber. Esse governo ataca tanto essa lei, mas por que ela não acaba? Porque além de tudo, ela é rentável para o governo. É a empresa que ao invés de pagar o imposto, destina uma porcentagem para esse projeto. A cada real que você investe por essa Lei volta-se três, quatro reais aos cofres públicos. É uma lógica burra o ataque às leis de incentivo”, reforçou.
Documentário da noite
“O Melhor Lugar do Mundo é Agora” narra a situação dos artistas no momento de pandemia, em que se tornaram “inúteis” diante de um isolamento social. O documentário explora realidade e ficção, e aborda o aumento das fake news no Brasil. Caco explica que “esse filme, na verdade, é uma reação ao momento mais trágico da pandemia. Eu sentia que eu precisava devolver e reagir àquele momento de uma forma artística”.
A atriz Lorena da Silva já tinha visitado Vassouras quando era criança, e celebrou o retorno para participar do primeiro festival de cinema da cidade. Sobre o documentário, ela compartilhou que gravou sua parte em casa, diretamente do iPad e durou cerca de uma hora. “O Caco tinha dito o que ele queria, mas não tinha conversado sobre tudo exatamente. A ideia era uma improvisação a partir de uma provocação que ainda não estava fechada na cabeça dele. Foi uma experiência única fazer isso”, contou a atriz.
Já o ator Marcio Vito, “como era uma condução a partir das perguntas que o Caco fazia, a gente ia se misturando. Era um momento bem específico e inédito no mundo. Era um jogo, quase um exercício teatral para contar uma história de cinema. Fiquei muito feliz e a partir dessa ideia podem vir várias outras”, afirmou.
Festival de Cinema
O tapete vermelho do primeiro Festival de Cinema de Vassouras já recebeu artistas como Carlos Vereza, Humberto Martins, o casal Thaila Ayala e Renato Góes, Larissa Maciel, e a ginasta Danielle Hypólito. Até o encerramento do evento, no dia 29/5, novos rostos devem aparecer no Vale do Café. Um dos organizadores, o diretor Bruno Saglia, explicou que o processo de criação do festival durou três anos. “Começamos pensando em qual programação, como seria o diálogo com as pessoas, e principalmente queríamos que fosse um festival que proporcionasse outras experiências: gastronômica, turística, e que as pessoas entrassem nessa imersão“.