O histórico edifício A Noite, na Praça Mauá, de propriedade da União Federal, será leiloado no próximo na próxima quinta-feira (14/07) e já tem uma empresa interessada na sua compra. Isto não é novidade, pois outros jornais já falaram do assunto, sem conseguir descobrir qual é a construtora interessada. Mas o DIÁRIO DO RIO foi além, e de posse dos direitos da Lei de Acesso à Informação verificou que o processo de aquisição através de uma PROPOSTA DE AQUISIÇÃO DE IMÓVEL (PAI) foi iniciado pela empresa CBR 130 Empreendimentos Imobiliários, controlada pela Construtora paulista Cyrela (abaixo), do magnata do Real Estate Elie Horn.
O parecer no sistema atual de alienação de imóveis utilizado pelo governo Federal dará a preferência no leilão à empresa paulista, podendo ela igualar lances de algum pretendente na compra. O fato de ter pago a avaliação não obriga a companhia construtora a fazer lances no leilão, mas evidencia seu desejo em adquirir o prédio de 1929, que já foi o mais alto do Brasil, e vai a leilão eletrônico com preço mínimo de R$ 38,5 milhões.
O edifício tem quase 30.000m2 e é avaliado pelos profissionais da Sergio Castro Imóveis, maior imobiliária especializada na venda de grandes áreas comerciais da cidade, em cerca de 45 milhões de reais. “O problema maior é a quantidade de obras, e o alto custo de materiais e mão de obra especializada para se fazer um retrofit, sem contar o momento de alta dos juros, que dificultaria talvez o lançamento. Mas este imóvel é uma espécie de Jóia da Coroa do Centro, e sua vista é daquelas de lamber os beiços, sem contar a proximidade dos equipamentos culturais e modais de transporte”, diz Lucy Dobbin, Superintendente de Vendas da empresa. A corretora, que tem filial no Porto Maravilha, é citada diversas vezes como fonte de dados no laudo de avaliação juntado pela CBR/Cyrela no SPU para iniciar o processo. Para se executar uma avaliação pela forma legal, é preciso juntar amostras de imóveis semelhantes e seus valores, e o laudo do engenheiro e perito André Luiz Ferreira dos Santos cita nominalmente a tradicional corretora em 10 amostras.
Outros eventuais participantes do leilão terão que fazer um depósito de garantia no valor de 5% da avaliação mínima, ou cerca de R$ 1,9 milhão, o que será devolvido para os proponentes que não vencerem o pregão. Há poucos anos, outro prédio encalhado e quase tão emblemático foi adquirido pela Cyrela: o antigo prédio do Clube do Flamengo, no Morro da Viúva, que foi totalmente restaurado por ela e já está ocupado por seus adquirentes.
Na última tentativa de venda do prédio, em maio do ano passado, o valor mínimo havia sido estipulado em R$ 73,5 milhões, mas numa fórmula diferente, em que a avaliação vinha do governo, em vez de vir dos interessados. O edifício custa 2 milhões de reais por ano aos cofres públicos, mesmo sem ser utilizado pela União. O dinheiro é usado para manutenção de elevadores, segurança e taxas de concessionárias.
Segundo a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), quem comprar o edifício deverá manter a fachada e os elementos arquitetônicos, como a escadaria em caracol, além de revitalizar toda a parte tombada do prédio. O processo de venda será feito por meio da Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI), em que o interessado pode fazer ofertas por imóveis da União, com direito à preferência na data da concorrência pública.
Amigo estou ficando preocupado, com tantas aquisições praticados pelos paulistas em próprios no Rio de janeiro, só falta eles declarar o estado do Rio de janeiro em estado dê são Paulo
Seria melhor, viu? Com o fim da ALERJ e do GERJ, a gestão do território seria mais profissional. Pior do que tá, não fica.
Com a demolição de um único prédio não restaura visualização nenhuma, avistaremos uma parte e a outra numa imaginação distorcida. Teria que limpar totalmente a área que é histórica, o que apagariam os fatos e momentos históricos do centro dos acontecimentos da cidade que eram ali. Era o porto, veio bem depois a rodoviária…o Rio de Janeiro passava por ali.
este edificio com nome de edef. Anoite faz parate da historia do Rio de Janeiro e do Brasil merece ser reformado e bem vendido pois tem excelente localização e um deslumbrante vista para o mar e demias locais do centro da cidade acredito que tudo dara certo o Rio e a populaçao e que sera premiada…
Só para chamar a atenção de outro detalhe na matéria resgatada, História do Edifício A Noite (2015), que acompanha esta atual (2022) que fala da Cyrela, é a foto do Felipe Lucena.
O tempo passou, estava cara de novinho
Entendo que o melhor seria a Prefeitura optar pela aquisição e demolição do prédio, e restaurar a paisagem original com Morro da Conceição na área da Praça Mauá. Seria valorização da Cidade.