Na última segunda-feira, (11/07), reitores de universidades e instituições federais de ensino do Rio de Janeiro participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). No encontro foi discutido os cortes nos orçamentos propostos pelo Ministério da Educação.
Os reitores afirmam que as finanças estão comprometidas e os bloqueios podem provocar a interrupção de serviços básicos.
Eduardo Ralpp, pró-reitor da UFRJ, afirmou, ao G1, que única alternativa vai ser suspender contratos e paralisar atividades. “A gente não tem nem capacidade de endividamento, nem de levar contratos para pagar no ano que vem. A gente precisa evitar que a universidade fique insolvente. A única forma de fazer isso talvez seja suspender o funcionamento de algumas áreas”, concluiu Ralpp.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) teve R$11,9 milhões bloqueados. Nos últimos sete anos, a instituição viu o dinheiro que recebe do Governo Federal cair mais de 50%.
A UFRJ cogita ter que paralisar algumas atividades.
Outras Universidades também sofrem com o corte de verbas
UFF, IFRJ, UFRRJ também terão de tomar medidas drásticas para conseguirem fechar as contas neste ano.
Rafael Almada, reitor da IFRJ, relata, ao G1, que a partir do mês de outubro a Universidade terá dificuldades em pagar contas básicas. “A partir do mês de outubro, há grande dificuldade de pagamento dos contratos continuados, como luz, água, energia, limpeza, vigilância”.
“A gente não está falando nem de grandes projetos, de incentivo à pesquisa. Estamos falando da dificuldade de pagar o custeio fundamental, como água, luz, segurança, limpeza e manutenção predial”, completa Antônio Cláudio Nóbrega, reitor da UFF.
Mauro Osório, diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, alega que as perdas das instituições de ensino prejudicam todo o estado.
“Os cortes prejudicam a população fluminense sob dois aspectos. Um é a parte de pesquisa, de reflexão, porque a gente precisa definir um rumo para retirar esse estado desse círculo vicioso. É mais uma coisa para jogar o gasto público para baixo, a renda que circula para baixo. É catastrófico”, fala Osório.
O Brasil todo está cortando orçamento, as empresas privadas e as famílias também: isso se chama fazer caber os gastos dentro dos recursos. Parem de chorar como se a única solução fosse liberar verba do governo. Não dá mais pra aguentar esse choro. Não são vocês legítimos para se afirmarem como mais importantes que os outros – quem decide a prioridade do orçamento é o PARLAMENTO e daí o executivo dá seus pulos pra cumprir o valor total.
Cortem contratos, demitam técnicos administrativos e professores. Façam andar os processos administrativos de demissão que estejam tramitando. Diminuam bolsas e gratificações. O ajuste tem que acontecer em vocês também.