Criado pelas alunas do projeto Empoderamento e Tecnologia da Instituição Sociocultural Cinema Nosso, o jogo antirracista ‘Canindé – o poder do papel’, tem lançamento marcado para o dia 25 de julho. O evento, que conta com o apoio do Instituto Unibanco, Ford Foundation, ONS, Radix e Telecine, acontecerá às 18h30 na sede do Cinema Nosso (Rua do Rezende, nº 80, Lapa, RJ).
A escolha da data não foi em vão. No mesmo dia, se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha – além também de homenagear à líder quilombola Tereza de Benguela. Logo, a data nos convida a refletir sobre a história da mulher negra no Brasil. Uma proposta parecida com o jogo, que apresenta ao público diversas mulheres negras que foram (e são) importantes para a história brasileira – muitas vezes, pouco conhecidas e que merecem ter visibilidade por suas conquistas.
O nome ‘Canindé – o poder do papel’ é uma homenagem à escritora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus, mais conhecida por seu livro Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada.
“Não podemos deixar de mencionar essa mulher, que alguns anos atrás foi pioneira. Sentada na janela, onde escrevia o cotidiano dela de forma muito peculiar, e com muitas dificuldades. Escrevia o cotidiano de sua favela, o cotidiano da sua luta! E sua narrativa, que é incrível e estudada por muitos que inspirou este jogo. Então, viva Carolina Maria de Jesus!”, declarou Mércia Britto, diretora do Cinema Nosso.
Além da escritora e poetisa, o jogo possui mais 74 cartas de heroínas entre as categorias de Ciência e Saúde; Esportes; Liderança; Literatura e Comunicação; Arte e Música. Também é possível conhecer um pouco sobre cada uma delas – como na categoria Esporte, onde Daiane dos Santos consta como “a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar o ouro em um campeonato mundial”. Ou, ainda na categoria Arte e Música, Zezé Motta aparece como a “consagrada atriz brasileira que atuou em mais de 40 filmes e integrou o Movimento Negro Unificado”. O jogo também possui cinco cartas personalizáveis, onde a pessoa que adquirir poderá incluir mulheres que a inspiram no seu cotidiano, tornando a experiência especial e única.
No jogo também existem os vilões da sociedade. Essas cartas trazem dados informativos – como o racismo na profissão, onde “mesmo sendo 28% da população, as mulheres negras ocupam somente 6,6% dos cargos de liderança e recebem, em média, rendimentos 71% menores do que homens brancos”.
Produzido por jovens mulheres negras, o Canindé tem como objetivo lutar contra os vilões que são reais, além do incentivo em se inspirar na força feminina e a ajudar a combater o racismo estrutural, que pode passar despercebido pelo jogador(a) no seu dia a dia.
Para comprar o jogo clique aqui ou acesse o site www.cinemanosso.org.br. Toda a renda será revertida para o desenvolvimento de projetos, que ajude a tornar o audiovisual mais diversos.
Serviço: Jogo Canindé – o poder do papel
Data: 25 de julho de 2022.
Valor: Gratuito.
Público: Todos.
Inscrições e mais informações: www.cinemanosso.org.br ou IG: @cinema_nosso.