A jornalista Glória Maria morreu nesta quinta-feira, (02/02), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Rede Globo e a causa da morte ainda não foi revelada.
Em nota, a emissora afirma que a jornalista, após se tratar de um câncer, sofreu com metástase no cérebro. “Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio.”
Quem foi Glória Maria
Glória Maria Matta da Silva nasceu em Vila Isabel, bairro do Rio de Janeiro, e cresceu em uma família humilde. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta. Gloria estudou em colégios públicos e sempre se destacou pela sua inteligência e agilidade de aprendizado. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.
Glória se formou na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e em 1970 foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Em uma época sem internet, era ouvindo as frequências da polícia que se descobria o que acontecia na cidade. Fazer uma ronda de telefone, ligando para batalhões e delegacias, também era tarefa de um radioescuta.
Estreia e inovação
Sua estreia como repórter foi pioneira, em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro, e foi a primeira repórter na história da emissora a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou a era da alta definição da televisão brasileira.
A repórter trabalhou em diversos jornais da emissora como Jornal Hoje, RJTV, Bom Dia Rio e Jornal Nacional. Em 1986, a jornalista integrou a equipe do Fantástico, do qual foi apresentadora de 1998 a 2007, e ficou conhecida pelas matérias especiais e viagens a lugares exóticos, e por entrevistar celebridades como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna.
Com as reportagens especiais, Gloria viajou por mais de 100 países, passando pela Europa, África e parte do Oriente, mostrando um mundo novo ao telespectador.
Em 2010 entrou na equipe do Globo Reporter, no qual fez parte até seus últimos dias de vida. Estreou com a matéria “Brunei Darussalam: A Morada da Paz”, uma matéria sobre o pequeno sultanato no Sudeste Asiático, na fronteira com a Malásia.
Em 2016, visitou a Jamaica, onde teve a oportunidade de entrevistar o campeão mundial de atletismo Usain Bolt e participou dos rituais de uma comunidade rastafári.
Com essa reportagem, além de reconhecimento, Gloria também ganhou seu próprio “meme” nas redes sociais. O comportamento da repórter após experimentar a “ganja”, erva comparada à maconha, virou um dos assuntos mais comentados da época.
Gloria deixa suas filhas, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14. Elas foram adotadas em 2009, após uma viagem de Gloria à Bahia, durante um trabalho voluntário em um orfanato de Salvador.
Gloria Maria é um nome que sempre será lembrado no jornalismo brasileiro. A repórter revolucionou a profissão com seu carisma, mostrando que conhecimento e informação podem ser entregues com simpatia.
falta de respeito falar a idade dela!!!
Só Deus e o mundo sabe a causa, menos vc e vcs desse jornalzinho…
Hahahahahahah, e sobre o Tancreso Neves nem uma vírgula, hahahahahahah. NEM DEPOIS DE MORTA SABEREMOS O QUE OU QUEM MATOU O TANCREDO! Que descanse em Paz e Deus de conforto a sua família ?.