A cidade de João da Barra, na Região Norte do Rio de Janeiro, está registrando os impactos gerados pelos investimentos no Porto do Açu – o único totalmente privado do Brasil -, e o segundo maior em movimentação de carga do país, perdendo apenas para o porto de Santos. O Açu, ao contrário de Santos, conta com um grande potencial de aumento da capacidade – uma área de 44 quilômetros quadrados disponível.
O Porto de Açu, localizado nas proximidades das bacias de Campos e de Santos – é voltado para as indústrias de óleo e gás. A tendência, no entanto, é uma mudança de rumo com perfil mais verde em razão da transição energética. Uma das medidas tomadas nesse sentido foi expansão do terminal de cargas, cuja capacidade foi triplicada para 75 mil metros quadrados. O espaço permitirá o aumento da capacidade de armazenamento de minérios como cobre, componente usado por carros elétricos. Acrescente-se a isso, o início das operações, nessa aérea, de equipamentos para usinas eólicas em alto mar. Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, empresa que controla o Porto do Açu, avalia que Petrobras pode participação no setor.
O Porto foi um empreendimento idealizado por Eike Batista e teve um processo inicial de desapropriação de terras envolto em problemas. Em 2014, após o início da sua operação, chegou a ter parte dos negócios paralisados por suspeita de corrupção, no âmbito da Operação Lava-jato. Atualmente, Açu conta com 20 empresas e sete mil funcionários. A estimativa para a próxima década é de que o Porto receba 22 bilhões de reais em investimentos, além de tornar-se a maior unidade de conservação ambiental particular do Brasil.
Há poucos meses, foi aberta ao público a Reserva Caruara, cuja sede fica em Grussai, popular distrito de veraneio da Região Norte. O objetivo da administração do Porto de Açu é oferecer atividades ligadas à conservação da área de restinga às populações locais.
Na hora de realizar contratações, o Porto dá prioridade aos trabalhadores da região, medida que impacta de forma muito significativa o giro da economia local. Mas a população da cidade, no entanto, ainda precisa de muito mais para ter uma boa qualidade de vida. Embora São João da Barra conte com o maior PIB por habitante do estado do Rio, o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está entre os mais desfavorecidos.
As informações são da BandNews Rio de Janeiro.