Há poucos dias, publicamos na coluna de história uma matéria sobre dois esportes criados no Rio de Janeiro: futevôlei e frescobol. Não é o caso do Padel, inventado no México na década de 1960. No entanto, a cada dia que passa, essa prática esportiva fica mais carioca e fluminense.
O Rio de Janeiro se apresenta como um dos locais onde o Padel demonstra maior crescimento. Atualmente, quem mora no Rio tem à sua disposição mais de vinte estabelecimentos para aprender e praticar esse esporte, principalmente na Zona Oeste da Capital e no Norte do estado.
Praticado por mais de 25 milhões de pessoas em 90 países do mundo, o Padel é um jogo disputado entre duas duplas, com raquetes e uma bola igual a que é usada no Tênis. A quadra, com piso de grama sintética, é menor, com 20 metros de comprimento e 10 de largura, e possui paredes nos fundos e nas laterais. A interação com essas paredes é um dos principais diferenciais deste esporte, pois elas recolocam a bola no jogo, fazendo cada ponto ser disputado com muito dinamismo e emoção.
O esporte, que já é o segundo mais praticado na Argentina e na Espanha, ficando atrás apenas do futebol, também é conhecido por ser o queridinho de grandes nomes do esporte, como Ronaldo, Neymar, Zidane, Abel Ferreira e o sheik Nasser Al-Khelaïfi, dono do PSG, que promete investir alto no padel nos próximos anos no próprio clube.
Se para muitos o padel é uma ótima alternativa para manter o corpo em forma ou passar o tempo com alguma diversão, para o paranaense André Freitas, mais conhecido como Sagui, a modalidade é há 23 anos um estilo de vida. Bicampeão Mundial e Tricampeão Pan-americano, o atleta sonha em divulgar cada vez mais o esporte que tanto lhe rendeu frutos.
Entre um treino e outro, Sagui dá aulas e clínicas de padel e grava um podcast semanal explicando melhor as regras e dando dicas de como praticar este esporte. Enquanto se prepara para competições da modalidade no Brasil e no mundo, sua intensa rotina envolve viagens e sessões de fisioterapia com o objetivo claro de tornar o esporte mais popular no Brasil.
“Vi em outros países, como Espanha, Argentina, França, Portugal e Itália, o quanto o padel se popularizou rapidamente. É um esporte incrível que pode ser praticado por pessoas de todas as idades. Acredito que no Brasil não será diferente e pretendo ajudar o máximo de pessoas a conhecerem melhor essa prática”, disse o atleta, que tem sido procurado por clubes de futebol, como São Paulo e Palmeiras, para ministrar clínicas de padel para os jogadores. “O Abel Ferreira (técnico do Palmeiras) é louco por padel”, revela Sagui, que se diz orgulhoso por ser considerado referência no esporte ao qual dedicou sua vida.
Este ano, pela primeira vez o estado do Rio recebeu uma etapa do principal torneio de padel do Brasil. O Brasil Padel Tour aconteceu em Volta Redonda, no Clube dos Funcionários, em meados de fevereiro, com a presença de de vários dos melhores jogadores do país, alguns deles com destaque mundial.
O padel tem crescimento significativo na região de Volta Redonda, única cidade do estado a possuir quadras públicas destinadas à prática do esporte. Estima-se que a base de praticantes saltou de 50 para 300 nos últimos anos.
“É muito bom para o corpo e para a mente. Acho um ótimo exercício”, afirma Rubens Motta, morador da Barra da Tijuca e praticante do esporte.
Existia ou ainda existe um esporte no Rio praticado naqueles clubes do calabouço, próximos do MAM, que se chamava “pelota” e era um pouco semelhante porque era praticado contra uma parede, não existia rede era jogado por duas pessoas. um jogava a bola, que era de tênis, com as mãos espalmadas, simulando uma raquete, contra a parede com muita força e o outro tinha que rebater, também com a mão espalmada. Era uma quadra de aproximadamente de 12 X 6 metros e as laterais também eram de parede ou tela. Era muito praticado pelos frequentadores daqueles clubes.