Nesta semana, um vídeo de um padre cantando “Tá Escrito” do sambista Xande de Pilares em meio a uma missa católica brasileira, viralizou na internet e segue fazendo sucesso. A gravação divulgada nas redes sociais pelo intérprete da Unidos da Tijuca, Ito Melodia, mostra o pároco Ataniel Silva e os fiéis em um coro animado. O fato ocorreu no último domingo (16/04), na Igreja de São Jorge e Nossa Senhora da Glória, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O sacerdote é ligado à Igreja Católica Brasileira, criada em 1945 pelo bispo Carlos Duarte Costa, que não é ligada ao Vaticano.
Em entrevista ao G1, o padre, que se prepara para as celebrações do Dia de São Jorge, no domingo (23/04), contou que a igreja é muito querida entre os sambistas de diversas escolas do Rio de Janeiro. “A gente canta essa música há uns anos. São Jorge é muito querido no mundo do samba. E muitos vão lá. Tem gente de todas as escolas. No domingo, muitos deles vão celebrar o Santo Guerreiro”, disse.
Por versos que fazem referência à fé, força e perseverança, a canção de Xande, que é o autor da música ao lado de Carlinhos Madureira e Gilson Bernini, é capaz de penetrar nos mais diversos ambientes, desde as mais conceituadas rodas de samba até templos religiosos.
“Essa música é a tradução da vida dos brasileiros. E tem uma frase que eu gosto e que é muito ligada aos devotos de São Jorge, conhecido como Santo Guerreiro. A parte que fala que: ‘Guerreiro não foge da luta e não pode correr, ninguém vai poder atrasar quem nasceu para vencer’ é uma frase muito feliz”, completou o pároco.
A frente do comando de uma Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) há 31 anos, Ataniel Silva adota, por meio da música, uma postura menos rígida e mais descontraída durante celebrações religiosas, o que justifica as posturas eclesiais distintas em maior grau da Igreja Católica Apostólica Romana. A Igreja Católica Brasileira tem cerca de 600 mil fiéis e surgiu em 1945.
infelizmente desvirtuou o culto sagrado. missa não é pagode, samba ou outro ritmo qualquer. respeito os sambistas e todos os ritmos, mas na igreja não é lugar disso.