Everton: Dia internacional da reciclagem: data para lembrar das oportunidades de trabalho e renda no setor

17 de maio, celebra-se o Dia Internacional da Reciclagem, data importante para o Observatório Carioca do Trabalho

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Foto de Magda Ehlers

O setor de reciclagem vai movimentar R$ 1 trilhão até 2027 no país. Mesmo longe de seu potencial máximo, tem 18,9 milhões de cooperados no país, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) além de empregar 493 mil pessoas. Hoje, 17 de maio, celebra-se o Dia Internacional da Reciclagem, data importante para o Observatório Carioca do Trabalho, recém-lançado, iniciar um mergulho em busca de dados sobre a reciclagem para tornarmos o Rio de Janeiro a capital do emprego verde.

A data foi instituída pela ONU para estimular a reflexão sobre a importância de fazermos o descarte correto dos itens consumidos. Recentemente conheci a COOPAMA (Cooperativa Popular dos Amigos do Meio Ambiente), no Jacarezinho, que, através de seus trabalhadores, gera emprego e renda desde 2004, tem parcerias com grandes empresas, presta consultoria sobre gerenciamento de resíduos e atende a grandes eventos, contribuindo com atividades de reciclagem dos resíduos sólidos que diminuem os impactos ambientais detectados no seu gerenciamento. O Museu da Memória do Lixo que se transforma me impactou muito.

O aumento na geração de resíduos e os baixos índices de reciclagem são um desafio, mas, no cenário atual, também pode ser considerado como uma oportunidade para geração de trabalho e renda. Quanto maior a demanda por reciclagem de resíduos, mais oportunidades de emprego no setor. A lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) data de 2010. Houve muitos avanços em crescimento de empregos gerados mas as oportunidades são ainda maiores.

No âmbito do Município do Rio, por exemplo, a Comlurb tem a expertise de fazer a coleta seletiva de materiais potencialmente recicláveis na cidade, com roteiros específicos que cobrem todas as regiões. Todo o material recolhido pela Companhia é levado para cooperativas de catadores credenciadas à Comlurb, onde eles são separados por tipo e comercializados com empresas de reciclagem, gerando emprego e renda aos cooperativados. Recentemente, a companhia iniciou reuniões em condomínios para que, brevemente, recebam o Selo Azul, uma certificação criada para diferenciar condomínios parceiros da coleta seletiva dos que não aderiram a esse conceito, preferindo negociar os materiais potencialmente recicláveis com atravessadores e cooperativas não-credenciadas, gerando distorções no sistema de reciclagem da cidade. Condomínios que aderirem ao Selo Azul estarão enquadrados na nova ótica ESG (Ambiental, Social e Governança).

O Brasil já responde por 10% dos empregos verdes no mundo. A expectativa é de que, até 2030, as energias renováveis criem 38,2 milhões de empregos no mundo. No mês que vem faremos um evento sobre este assunto no Planetário, reunindo empresas, academia, indústria criativa e especialistas no assunto tendo em vista que as mudanças climáticas são oportunidade de geração de trabalho e renda na cidade. O desafio nosso e de todos é o treinamento de mão de obra, mas, neste sentido, estamos no mesmo barco. A destinação correta dos resíduos sólidos gerados nos centros urbanos contribuirá para agregar esforços aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU com geração de emprego e renda, agregação de valor econômico oriundo da atividade, conservação e preservação das áreas naturais e ecossistemas que compõem a cidade. O Rio de Janeiro tem tudo para ser protagonista nesta história.

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