Nesta quinta-feira (22), a imagem de São Pedro do Mar, derrubada por fortes rajadas de vento e pela ressaca do mar em 2022, foi novamente chumbada à pedra onde foi instalada em 1959. Um ciclone extratropical foi o responsável pela queda do mundo monumento no fundo da Baía de Guanabara. Acionado, o Corpo Militar de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ) fez o resgate da imagem do santo, que é padroeiro dos pescadores e tem seu dia de celebração em 29 de junho.
Com quase dois metros de alta e pesando 100 kg, a imagem de São Pedro do Mar está localizada na enseada de Botafogo, em frente à Igreja Nossa Senhora do Brasil, na Urca, Zona Sul da cidade. O monumento de bronze é uma obra de escultor Edgar Duvivier, pai do também artista plástico e seu homônimo.
A imagem do apóstolo de Cristo foi elaborada para que fosse vista de forma plena pelo máximo número possível de admiradores. Incialmente, a ideia era de instalá-la nas proximidades das Ilhas Cagarras, mas o acesso ao monumento ficaria restrito. Assim, optou-se pela instalação na Urca. A imagem foi inspirada no Cristo submerso localizado em Rapallo, comuna italiana da região da Ligúria, província de Gênova.
No Brasil, o dia 29 de junho é dedicado a São Pedro. No Rio de Janeiro é uma tradição a procissão marítima de pescadores saídos de Niterói em suas embarcações enfeitadas com bandeirinhas e bolas coloridas.
Antes de se tornar apóstolo, Pedro era pescador e atendia pelo nome de Simão. Nascido em um vilarejo às margens do Mar da Galiléia, no norte de Israel, Simão foi apresentado a Jesus por seu irmão, André que, juntamente com ele, também se tornaria apóstolo de Cristo.
A mudança de nome veio após o convívio com Jesus que, ao conhecê-lo disse: “Você será pescador de homens”. A frase impressionou Simão, que deu início ao seu discipulado. Após um intenso convívio com Jesus, Simão disse-lhe: “Tu és o Messias, o Filho de Deus”. Jesus, então, atribuiu-lhe o nome Pedro, que em aramaico significa Pedra.
Ao ser preso no Horto das Oliveiras, Jesus foi levado ao Palácio de Caifás. No percurso Pedro e João seguiram o Mestre às escondidas. Reconhecido, Pedro foi indagado se conhecia Jesus e ele negou Cristo por três vezes antes do cantar do galo, conforme a profecia do Mestre: “Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”.
Quando Jesus ressuscitou e reapareceu aos seus discípulos às margens do Mar da Galileia, se dirigiu a Pedro e perguntou-lhe três vezes se ele o amava. Pedro respondeu de forma afirmativa por três vezes. Jesus o perdoou e concedeu-lhe a missão de apascentar as ovelhas. “Tu és pedra, e sobre essa pedra edificarei a minha igreja”, disse Cristo ao apóstolo, que se tornou o primeiro Papa da Igreja.
Após anos de intensa pregação, Pedro foi preso e condenado à morte por crucificação pelos romanos. Em seus momentos finais, Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer como Jesus Cristo.
As informações são dos sites Inventário dos Monumentos do Rio de Janeiro e Cruz Terra Santa, e dos jornais G1, RJ2 (TV Globo), Diário do Rio e O Globo.