Construída (e constituída) sobre os aterros feitos na Baía de Guanabara, ocorridos entre a primeira metade do século XVII e o início do XX, a Praça XV de Novembro é a mais antiga do Rio de Janeiro.
Inicialmente, no século XVIII, a Praça XV foi chamada de Várzea de Nossa Senhora do Ó, Largo do Terreiro da Polé, Largo do Carmo, Praça do Carmo, Terreiro do Paço e Largo do Paço.
O espaço passou a ter o nome atual após a proclamação da republica, que aconteceu no dia em 15 de novembro de 1889. Anteriormente, em 18 de março de 1870, a câmara da cidade decretou que o lugar passaria a se chamar Praça de Dom Pedro II.
Até meados da década de 1770, com a construção do Cais do Valongo, a Praça XV foi o principal ponto de desembarque de pessoas escravizadas vindas do continente africano na cidade do Rio. Depois disso, até o fim dos anos 1800, a Praça recebia a maior parte dos navios de passageiros que chegavam ao Rio de Janeiro:
“Era a porta de entrada do Brasil, o cartão de visitas da cidade”, conta o historiador Milton Teixeira.
Entre outras datas históricas que ocorreram na Praça XV estão o Dia do Fico e a dia em que Princesa Isabel declarou a Lei Áurea, de uma sacada do Paço Imperial, que fica na Praça.
A Praça XV também é local de despedidas. Em 1889, com a Proclamação da República do Brasil, uma parte da família imperial partiu para o exílio em um navio que saiu da Praça.
Sendo a praça mais antiga da cidade e com a estação das barcas para Niterói bem ali, muita gente e história vão passar por esse local.