Ediel Ribeiro: Entre um mojito e outro

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Madrid, Espanha – O mojito merece seu status de lenda.

Este clássico drink cubano à base de hortelã conquistou o mundo de uma maneira que, não importa onde você for, dos becos de Havana aos bares internacionais, não terá dificuldades em achar um.

Visitar bares em Madrid a procura do mojito perfeito acaba sendo uma peregrinação divertida por botecos de diferentes tamanhos e estilos, alguns surpreendentes.

Nossa exploração dos bares madrilenhos segue o ritmo lento e prazeroso de uma degustação. Depois de provar os excelentes vinhos de Lisboa, saímos à caça do melhor mojito de Madrid.

Fomos à Cervecería Alemana, na Praça de Santa Ana, onde Hemingway bebeu, em 1951, na companhia da atriz Ava Gardner.

Mojito é diminutivo de “mojo”, uma palavra do folclore das culturas afro-americanas que significa “encanto”, ou “feitiço”. Esse drink passou por altos e baixos ao longo das décadas, promovendo sabor, ingredientes frescos e sendo a porta de entrada a incontáveis apaixonados ao mundo dos coquetéis.

Embora suas exatas origens sejam motivo de calorosos debates, a lenda conta que devemos agradecer a invenção do Mojito ao navegador Sir Francis Drake. Mas, assim como muitos dos super-coquetéis, suas origens são envoltas em histórias obscuras, mistérios e debates calorosos.

A simples menção deste clássico drink cubano – uma rebelde combinação de rum, suco de limão, açúcar, água com gás e hortelã – desperta imagens de agitadas noites cubanas e transporta seus adoradores às costas ensolaradas do Caribe.

Conhecer a história de um drink preferido é um desafio, pois é comum existirem mais de uma versão. A origem do mojito é uma dessas. Segundo Hemingway – escritor norte-americano, apaixonado pelo Mojito – gostava de contar que, em meados do século XVI, um almirante inglês, conhecido como Francis Drake, ancorou o seu navio na região de Havana, em Cuba.

Em uma noite quente na ilha caribenha, Richard, irmão de Francis, resolveu misturar aguardente com lima e hortelã, para criar um drink que batizou de El Drake, para homenagear a si mesmo. Francis Drake decidiu, então, criar uma versão melhor da bebida do irmão e trocou a aguardente por rum e a lima por limão, dando origem ao primeiro mojito da História.

Incontáveis variações apareceram com a adição de ingredientes ou pela substituição do rum por alternativas locais, como a tequila (Mojito Mexicano) — mas a receita original se mantém intacta no gosto popular. O nosso foi feito com o rum Captain Morgan, um rum jamaicano envelhecido em barris de carvalho carbonizado, com infusão de especiarias, mas você pode usar ai no Brasil o Ron Montilla.

Faça você mesmo seu mojito. Ingredientes:

  • 10 a 12 folhas frescas de hortelã
  • suco de 1 limão
  • 1 colher (sopa) de açúcar
  • 1 dose de rum (cerca de 40 a 50 ml)
  • 120 ml de água com gás
  • gelo picado a gosto.

Modo de preparo:

  • Comece lavando as folhas de hortelã.
  • No copo onde a bebida será servida, coloque as folhas, o suco de 1 limão e o açúcar e amasse bem a mistura.
  • Com tudo bem amassado, adicione o rum, mexa e adicione os cubos de gelo.
  • Finalize adicionando a água com gás aos poucos e mexendo tudo muito bem.
  • Se achar necessário, adicione mais açúcar ou gelo. Decore o copo com folhas de hortelã e pedaços de limão.

Pronto! Seu Mojito com a cara do verão!

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Jornalista, cartunista, poeta e escritor carioca. É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG) e Diário do Rio (RJ) Autor do livro “Parem as Máquinas! - histórias de cartunistas e seus botecos”. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) dos romances "Sonhos são Azuis" e “Entre Sonhos e Girassóis”. É também autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty", publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ), desde 2003, e criador e editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!"

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