Gradil do Palacete Zeferino de Oliveira, em São Cristóvão, é furtado

Material do bem tombado foi levado em plena luz do dia. A polícia busca os responsáveis por esse, e outros roubos de estruturas públicas na região

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Imóvel histórico de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Palacete Zeferino de Oliveira teve o gradil de ferro que protegia a propriedade furtado. O crime aconteceu na última segunda-feira (14/08), em plena luz do dia. O prédio de dois andares é tombado e fica localizado na esquina da Rua Zeferino de Oliveira com a Benedito Otoni. O caso foi registrado na 17ª DP de São Cristóvão. O imóvel é tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.

A construção guarda um imenso valor para a história da cidade, tendo abrigado durante muitos anos a sede administrativa da Companhia da Luz Esteárica, fundada por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, empresário responsável por dar o pontapé inicial a iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro, em 1861.

Atualmente, a região tem recebido uma série de investimentos em função da construção do Terminal de Integração Gentileza, na Zona Portuária, que fará a conexão entre o futuro BRT Transbrasil, ônibus convencionais e as três linhas de VLT. Ainda no trecho, será erguida uma segunda Cidade do Samba, que a princípio, terá galpões que serão utilizados pelas escolas de samba da Série Ouro.

O Palacete está dentre os imóveis que foram desapropriados pela Prefeitura para integrar os novos galpões do samba; anteriormente de propriedade da Luz Esteárica, passa, assim, a ser patrimônio público.

Delitos em São Cristóvão

O bairro imperial de São Cristóvão vem colecionando episódios de furtos de estruturas públicas. Em junho, o gradil histórico que separa as pistas superior e inferior em frente ao Colégio Pedro II e à Escola Municipal Gonçalves Dias foi quase que totalmente depenado.

Inaugurada em novembro de 1906, a amurada do Campo de São Cristóvão é feita em blocos de granito sobrepostos. Duas escadarias, uma em frente à outra, dão acesso à parte superior da rua. Colunas de cantaria arrematam as extremidades da mureta.

A amurada foi construída no mesmo período em que se fez o tratamento paisagístico do Campo de São Cristóvão, com o mesmo modelo de guarda-corpo do Cais Pharoux, da Praça XV, em ferro fundido, de acordo com a Secretaria Municipal de Conservação.

Já em janeiro deste ano, um homem foi flagrado furtando um poste de ferro que estava caído na Rua Santos Lima. Ele levou o material em um carro de supermercado. Em dezembro do ano passado, também houve registro de furtos das grades históricas.

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