Quintino: O Judiciário carioca tem de ajudar a Segurança do Rio

Até quando a polícia do Rio vai prender e o juiz vai soltar? No sábado foram 500 em Copacabana, muitos reincidentes. Alguma coisa precisa ser feita e urgente

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

Sábado, 26/8, houve o chamado “Show do Século” em Copacabana, a Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu cerca de 500 pessoas, um número gigantesco – até porque o evento, devido à chuva, nem encheu tanto quanto se esperava as ruas da princesinha do mar – e que poderia ser menor, bem menor, se o Poder Judiciário e a legislação brasileira ajudassem. Infelizmente, o Brasil está atrasado e ainda acredita em bobagens como as supostas benesses de um ‘desencarceramento’ e crê em em histórias da carochinha como ‘criminalidade é problema social’ e ‘punir crimes pequenos é um erro’. A verdade é mais ou menos como chamou atenção o coronel da PM Marco Andrade, porta-voz da entidade, ao RJ TV:

O crime de furto traz consequências significativas para a sociedade. O crime de furto pela nossa legislação é visto de uma forma abrandada. Identificamos, nas nossas estatísticas internas, o qual é muito comum os policiais militares realizarem prisões de criminosos que praticam furtos cinco, seis, dez vezes de reincidência. Ou seja, é quase dizer que é uma coisa naturalizada”.

Imagino como fica a cabeça do policial ao prender a mesma pessoa 5 vezes e saber que depois de todo o trabalho de papelada, aquele bandido voltará a dormir em casa e cometerá um crime igual ou pior no dia seguinte. Será que nosso Poder Judiciário é incapaz de perceber que uma pessoa que cometa um furto 3 vezes, ou melhor, foi pega 3 vezes dificilmente parará? Será que nossos legisladores são incapazes de fazer uma lei que possa colocar longe do convício da sociedade estes bandidos? Inovações como a bendita “audiência de custódia” transformaram o direito penal em ficção no Brasil. Isso mesmo depois da lição que Nova York deu ao mundo no que tange à necessidade de uma política de Tolerância Zero, do blablablá claro e indiscutível da ‘teoria das vidraças quebradas’, e de tudo o mais que o mundo aprendeu nos anos 90 – e parece estar desaprendendo de novo, naquele famoso movimento pendular da história. Mas no Brasil, o tal pêndulo parece ter batido direto na nossa cabeça.

Não adianta me dizer que do presídio eles sairão pior do que entraram, afinal, já não me parecem muito boa gente; na verdade se demorarem pra sair do presídio, já é um grande avanço, pois vão piorar de qualquer maneira, já que vivem aqui fora nas mesmas companhias. No show do Alok, na praia de Copacabana não tinha nenhum milionário; eram trabalhadores em sua maioria, pessoas que lutaram para comprar seus celulares, pequenas joias e outros objetos furtados. Há uma parcela de cariocas que gosta de culpar a falta de educação, de ajuda, de etc… nada! A estes 500 vagabundos falta é vergonha na cara e, e eles contam com a falta de sanção e excesso de leniência dos poderes constituídos, que os consideram “coitadinhos” e “vulneráveis”. Vulneráveis somos nós!

Quem acompanha o noticiário americano sabe a situação de São Francisco, onde se considera um crime menor o roubo até US$ 950. Lá os habitantes começam a deixar o carro aberto para que vejam que não tem nada de valor; hoje, se entra em lojas e leva-se na cara dura objetos que custam até este valor; foi institucionalizado o direito de roubar. O que estamos vendo aqui, não está sendo diferente. A criminalidade vem sendo cada vez mais aceita; nas ruas, vemos produtos falsificados e roubados serem vendidos sem nenhum tipo de repressão; favelas se expandem ilegalmente destruindo florestas e invadindo propriedade privada; à polícia não é permitido realizar as necessárias operações de caça e busca pelos bandidos. Os valores estão invertidos, e estamos aqui, sofrendo as conseqüências e batendo palminha, porque não queremos ser “fascistas”(sic), como se prender criminoso fosse política partidária.

Por causa deste tipo de falta de atitude do Judiciário e dos legisladores, a cada verão a Polícia Militar precisa montar uma verdadeira operação de guerra para que os cariocas possam curtir uma simples praia. Ou em shows estar preparada para prender meio milhar de criminosos! Será que precisaremos de um governante como o de El Salvador? Espero que não, mas a cada dia parece que pode ser necessário…

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1 COMENTÁRIO

  1. O pendulo oscilou do regime do medo, cristalizado nas palavras “ditadura” e “repressão” para a liberdade. Só que em vez de “paz” e “evolução” ficamos com a “diversidade” e “respeito”. Nas regiões do mundo onde isso é aplicado, a anarquia corre solta. Só que o pendulo toma impulso e balança de um lado para outro. E vão exigir regimes de força para controlar o que está ai. Ai dos que acham poder tudo hoje e lamentarão o que vão perder.

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