A Câmara Municipal do Rio de Janeiro votará, no decorrer desta semana, um projeto de lei que garante aos garis da Comlurb o pagamento de meia-entrada em eventos culturais e de lazer em geral na capital fluminense.
A medida, número 1.938/2016 e de autoria do vereador Prof. Célio Lupparelli (PSD) e do ex-parlamentar Raphael Gattás, visa alterar a lei 3.424/2002, que já concede o benefício a professores e profissionais da rede municipal de ensino do Rio, que têm 50% de desconto no valor do ingresso em locais como casas de show, cinemas, teatros, centros culturais e estádios de futebol, por exemplo.
De acordo com o projeto, ”o atestado da condição de gari da Comlurb para gozo do benefício previsto na lei se dará por meio da apresentação do crachá emitido pela companhia, acompanhado de documento oficial de identidade com foto”.
”Os trabalhadores da limpeza urbana prestam serviço de relevante valor urbanístico e social. Não obstante o relevo de suas atribuições, os garis têm remuneração baixa que não lhes permite usufruir dos eventos e atrações oferecidos pela cidade que ajudam a manter limpa. Ficam, muitas vezes, completamente alijados do movimento cultural e artístico da cidade, o que constitui razoável contrassenso que pode ser amenizado pela concessão de meia-entrada para eventos culturais, de lazer, diversão e de entretenimento”, justificam os autores da medida.
Vale ressaltar que, se aprovado em primeira discussão, o projeto será mais uma vez votado pela Casa posteriormente e, em caso de novo aval, será encaminhado ao prefeito Eduardo Paes, que terá até 15 dias úteis para aprovar ou vetar a ideia.
Esses projetos de e leis ofendem o princípio da igualdade com as desculpas mais esfarrapadas.
Pior que os autores dos projetos são aqueles que votam e aplaudem.
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