Os norte-americanos tem uma capacidade de se reinventar e de tentar novamente, dar a volta por cima com empenho e trabalho duro que falta na maioria dos brasileiros.
As crises são um estímulo para a criatividade e não para fechar portas e reclamar que a economia está péssima e que o governo não ajuda. Eles usam o que tem a disposição e vão à luta.
E duas das coisas mais importantes: discurso otimista e ações progressistas! Eles não ficam chorando, tentam tirar o melhor de cada situação, são empreendedores natos, são aqueles que vão lá e fazem, que criam novas demandas, percebem tendências do mercado antes de qualquer outro país e logo criam soluções para diferentes problemas.
Quando falo que devemos nos espelhar nos norte-americanos é porque convivo diariamente com uma falta de vontade e um foco totalmente dividido, mas para reclamar estão super disponíveis, para a cervejinha de quinta e sexta sempre tem dinheiro, pra ir nos finais de semana em shows caros também. Mas para investir na ideia, na própria empresa não. O brasileiro é muito imediatista, não pensa no que um planejamento bem feito e a alocação de recursos em uma ideia ou empreitada pode fazer. A chance de dar certo ou errado tem a mesma proporção, mas ele quer o resultado agora, quer tentar por três meses e se não gerar retorno financeiro ele desiste. Só que temos que levar em conta que grande parte das empresas só começa a dar retorno em dois anos, o que pra ele é muito.
O que mais me incomoda é que o brasileiro tem uma mania de deixar os outros resolverem a sua vida, seja o seu chefe, a sua família, o seu companheiro. Nenhuma decisão é efetivamente tomada por ele, a Vida vai passando e ele segue apagando incêndios. Não pensa em construir um legado, um nome, uma história. Sim, a nossa geração já está um pouco diferente, mas precisamos avançar demais no fomento ao empreendedorismo e gerar movimento através de informação qualificada.
Esse texto nasceu depois d’eu ter assistido ao vídeo de anúncio de campanha da Hillary Clinton à presidência em 2016, onde ela mostra que as pessoas estão andando pra frente, se recuperando da crise com criatividade e continuando a planejar os próximos passos. Isso pra mim só mostra que eles estão anos-luz na nossa frente.
E se eu não posso pegar pela mão de todo mundo pra ajudá-los a empreender e a enxergar as inúmeras possibilidades que o empreendedorismo pode gerar, pelo menos posso motivá-los através dos meus textos.
