Com um verão mais quente que o normal, onde as temperaturas têm ultrapassado facilmente os 40ºC no Rio de Janeiro, moradores e empresários da região do Quebar-Mar, na Barra da Tijuca, relatam a situação de falta de água que persiste há meses. A denúncia, que chegou à redação do DIÁRIO DO RIO, abrange uma extensa área do Jardim Oceânico, sub-bairro da Barra da Tijuca, incluindo a Rua do Canal, Praia dos Amores, Rua Sargento João de Faria, Avenida do Pepê e Avenida Gilberto Amado, entre outras localidades.
Indignados, representantes de um diversificado grupo de empresários, como donos de restaurantes, lanchonetes, pousadas, quiosqueiros e até mesmo um hotel de grande porte, revelam que estão há semanas sem fornecimento regular de água. Em um agravante à situação, continuam a receber contas da concessionária IGUÁ com vencimentos antecipados, apesar da ausência do serviço.
A denúncia aumenta com relatos de gastos para a compra de água mineral, uma necessidade que se tornou rotineira para atender às demandas básicas. Mesmo diante de reclamações constantes, as tentativas da IGUÁ de sanar o problema enviando carros-pipa não atendem completamente a região.
O DIÁRIO DO RIO relembra uma denúncia feita em dezembro sobre a escassez de água na região, destacando a chegada do Revéillon sem abastecimento em grandes estabelecimentos, como o Hotel Royalty Barra e o Hotel Tropical, que enfrentaram dificuldades no abastecimento.
Procurada para comentar a situação, a concessionária IGUÁ lamentou o transtorno enfrentado pelos moradores e empresários, justificando que o Jardim Oceânico historicamente sofre com a questão do abastecimento, após reduções na produção de água pela antiga CEDAE, especialmente nos locais considerados pontas de rede, como é o caso da área.
A IGUÁ ressaltou seus esforços desde o início da operação em 2022, investindo mais de R$ 120 milhões na modernização dos sistemas de bombeamento. Comprometeu-se com três intervenções estruturais ainda este ano, começando nesta quarta-feira (17/01), com um investimento estimado de R$ 10 milhões para melhorar o abastecimento na região.
A concessionária pediu o uso consciente da água, permanecendo à disposição dos clientes através da central de atendimento e mantendo contato próximo com hotéis, grandes condomínios e quiosques para monitorar o abastecimento.
Sobre a questão de vencimentos antecipados de contas apesar da ausência do serviço, a concessionária pede para que os clientes impactados façam contato com a IGUÁ, para que as contas sejam analisadas individualmente.