Meio bilhão de Reais, este é o valor que um fundo de private equity gerenciado pelo HSI, com o Grupo GIC Realty como único cotista pagará pelo Hilton Copacabana a Blackstone. O prédio, conhecido de todos os cariocas, fica bem na esquina da Avenida Atlântica com a Avenida Princesa Isabel, ponto mais que nobre entre os bairros de Leme e Copacabana. A informação foi dada pelo Brazil Journal.
O hotel, que tem 545 quartos, havia sido todo reformado pela cadeia Windsor de hotéis, sua ex-proprietária, que explorava também o negócio. Na época, o Blackstone havia investido 400 milhões de dólares em três grandes compras na América do Sul: o hotel de Copa, um portólio de imóveis da BR Properties e um Shopping na Colômbia.
Até 2017 o hotel se chamava Windsor Copacabana, mas com a aquisição da Blackstone houve a troca da bandeira para Hilton. E deve ser mantido o nome, a HSI é proprietária do Hilton São Paulo. Com a venda do hotel a Blackstone vende seu último grande ativo no Brasil, que está de saída do Brasil desde 2019.
De acordo com Brazil Journal o Hilton Copacabana está performando bem, com uma ocupação alta. Mas a tese da HSI é que o hotel deve se beneficiar de uma retomada do setor nos próximos anos. Além disso, a aquisição provavelmente faz parte de uma estratégia mais ampla da HSI. A gestora tem dito a investidores que pretende criar um fundo imobiliário de hotéis e levar o ativo para a Bolsa.
Recentemente, nas proximidades do Hilton, foi vendido o veterano Acapulco Hotel, com 120 apartamentos, à rede carioca de Hotéis Royal. Fontes do mercado imobiliário citam que a venda do tradicional hotel com frente para duas ruas tenha ocorrido por volta de 35 milhões de reais. Antes disso, ali também nas proximidades, havia sido vendido o Hotel Merlin Copacabana, à Rede Atlântico, com 160 apartamentos, por valores não divulgados. Há informações circulando que um outro prédio de hotel na orla de Ipanema também estaria à venda no momento.
Em dezembro a mesma HSI comprou o edifício da Oi no Leblon por R$ 200 milhões para transformá-la em um prédio corporativo triple-A . No edifício, localizado em um dos metros quadrados mais caros do Brasil, a empresa de telefonia, ainda mantinha equipamentos de centrais telefônicas fixas – de estrutura complexa. O investimento do fundo no prédio será deve ficar na casa dos R$ 400 milhões. Para o sócio e diretor de Real Estate Private Equity da HSI, Bruno Greve, o investimento é mais do que justificado, afinal, segundo Greve, “o Leblon é uma ilha dentro do Rio de Janeiro”, disse ao site NeoFeed.
À frente do retrofit está o escritório de arquitetura francês Triptyque Architecture cujo projeto prevê a entrega de um prédio corporativo com 20 mil m² de área bruta locável e lajes de 1.500 metros quadrados, com flexibilidade para 200 m². As intervenções terão início no primeiro trimestre de 2024, com a entrega prevista para o primeiro semestre de 2026. Com a revitalização, a HSI pretende atender ao público cativo do Leblon: gestoras, escritórios de advocacia e grandes instituições financeiras.