O Carnaval no Rio de Janeiro é muito mais do que os desfiles no Sambódromo. É uma atividade cultural com quase um século de história, que envolve diversas comunidades. Essa celebração contribui para a construção de uma cultura regional própria e também movimenta uma série de atividades sociais ao longo do ano, nas quadras das escolas de samba, além de impulsionar a atividade econômica relacionada à confecção e preparação para o Carnaval.
Por meio de suas agremiações, o Carnaval une pessoas e contribui fundamentalmente para o equilíbrio de diversas localidades. No entanto, é importante notar que o evento também se tornou um grande negócio de marketing e atividades publicitárias. Mesmo assim, é essencial que isso não descaracterize o papel original da festa. Algumas mudanças devem ser cuidadosamente implementadas, especialmente devido ao atual perfil das chamadas escolas de samba de primeira linha.
Essas novas agremiações, que muitas vezes vêm de cidades da região metropolitana, como Caxias, Nilópolis e, mais recentemente, Niterói, têm se destacado e vencido o Carnaval. Elas têm sido as grandes vitoriosas, apesar de muitas delas nem sequer terem tido uma participação efetiva quando o Sambódromo foi criado há 40 anos, graças à genialidade de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer.
A adaptação à grade de desfiles das escolas no Carnaval, definida pela Globo como referência, não deve sobrepor-se ao interesse estratégico, especialmente ao fortalecimento das agremiações da capital. Escolas que eram tradicionais estão sendo progressivamente extintas, como a Em Cima da Hora, a Caprichosos de Pilares e agora a União da Ilha e a Império Serrano. Ao não terem acesso ao Grupo Especial, essas escolas começam a definhar, tanto financeiramente quanto em termos de atenção dos espectadores, deixando de cumprir seu importante papel de união comunitária.
Esse movimento tem contribuído para dispersar o tradicional Carnaval do Rio de Janeiro para outros municípios da Região Metropolitana, o que não seria ruim se não fosse devastador para as escolas instaladas aqui.
O que acontece hoje no Grupo de Acesso ou Série Ouro é inaceitável. Algumas pessoas controlam um grande número de escolas, e os critérios de ascensão não têm transparência nem governança. Por mais que se critique a Liesa no Grupo Especial, onde há um nível maior de transparência, isso tende a acabar com escolas que buscam voltar à “elite” e até a frustrar o crescimento de novas escolas emergentes que vêm de municípios com recursos, como Maricá e a Porto da Pedra, que agora, com o rebaixamento, voltará para a Série Ouro.
No mesmo sentido do enfraquecimento do Carnaval do Rio de Janeiro, é um total absurdo o que a Rede Globo está fazendo, impondo às pessoas que moram no Rio de Janeiro assistir na TV aberta ao Carnaval de São Paulo, nas sextas e sábados, como se o desfile da Nenê de Vila Matilde e da Gaviões da Fiel despertasse mais interesse do povo fluminense do que um desfile da União da Ilha ou da Império Serrano.
Esse movimento serve para enfraquecer o Carnaval do Rio de Janeiro e, ampliando essa lacuna, essas escolas tendem a sucumbir no conhecimento do povo.
Muitas dessas escolas que estão caminhando para esse declínio têm um papel fundamental na criação da cultura do Carnaval Carioca e têm em sua formação sambas icônicos e clássicos do Carnaval, como os sambas da Império Serrano, da União da Ilha, da Em Cima da Hora e da Caprichosos de Pilares.
É claro que a formação de uma grade na TV seria muito simples, tal qual é feito no Campeonato Brasileiro! Ou seja, as transmissões de São Paulo sendo transmitidas para São Paulo e os desfiles do Rio de Janeiro sendo transmitidos para o Rio de Janeiro! O que não pode é essa imposição cultural que está sendo colocada ao Rio de Janeiro e ao mesmo tempo enfraquecendo o Carnaval de acesso. Algo precisa ser pensado e feito nesse sentido.
Da mesma forma, não dá para entender como participam do Carnaval de São Paulo 14 escolas, ou seja, 7 agremiações por dia, e no Rio de Janeiro continuamos com 6 agremiações por dia.
Com o aparecimento do poderio das escolas de outros municípios, sobra muito pouco espaço para as escolas tradicionais do Rio de Janeiro subirem e obviamente não haveria qualquer problema o Carnaval do Rio de Janeiro voltar a ter 14 escolas e com isso anualmente subirem e descerem 2 escolas.
Esse arranjo com 7 escolas por dia de desfile é facilmente adaptável com a redução de 70 para 65 minutos em cada desfile, ou até com a redução de um carro alegórico, o que inclusive permitiria ter mais “samba no pé” e uma melhor fluidez na evolução e até um melhor entendimento dos enredos. Isso sem falar em baratear o custo das escolas de samba, já que grande parte deles é aplicado nos carros.
Certamente essa estratégia em termos de beleza plástica é facilmente compensável pelo novo sistema de luzes que o Sambódromo está oferecendo.
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro deve agir imediatamente. Não só buscando colocar as 7 escolas em cada dia no desfile, como já faz São Paulo, mas ao mesmo tempo intervindo com os organizadores da Série Ouro (grupo de acesso), para que os jurados sejam todos escolhidos por uma mesma banca que escolhe os da LIESA e não pelos atuais organizadores, reduzindo os riscos da intervenção indevida, pois essas especulações estão enfraquecendo cada vez mais a credibilidade do Carnaval do Rio de Janeiro.
Quanto às transmissões, é necessário que se tenha uma conversa franca com a Rede Globo, pois em nenhum momento prejudicaria a sua grade de anunciantes o fato do desfile da série Ouro (grupo de acesso) ser transmitido para o Rio de Janeiro, ficando eventualmente aberto o sinal para São Paulo e outros Estados, caso queiram assistir o Carnaval Paulista.
O que não dá é para pensar nessa imposição cultural feita com a permissividade. É como se a bela festa de Parintins fosse transmitida em TV aberta para São Paulo ou para Minas Gerais em detrimento às manifestações culturais locais.
Após 40 anos de Sambódromo, não podemos continuar passivos e sem buscar modelos disruptivos e de evolução, de maneira que possamos cessar o enfraquecimento das escolas de médio porte, que muitas vezes, sem o apoio de “mecenas”, não têm mais suporte financeiro para se reerguerem, mas que, ainda assim, têm um papel fundamental na formação da cultura de importantes regiões e bairros do Rio de Janeiro.
Algo precisa ser feito de forma imediata! Não dá para ficar submisso a ações e interesses de terceiros, até porque o Carnaval recebe subvenções da própria Prefeitura e do Governo do Estado, e portanto ambos precisam sentar juntos e fazer um planejamento estratégico decisivo para se ter essa ampliação onde todos sairiam ganhando.
Sempre achei um erro a redução para 12 escolas e somente trocando uma. Não sei se a intenção era fortalecer a série Ouro com escolas tradicionais e assim, chamar a atenção do público e arrecadar mais. Mas muitas estão amargando anos e anos no grupo de acesso, com menos visibilidade e investimentos e isso realmente pode decretar o fim de algumas delas futuramente. É triste ver escolas que são um patrimônio do nosso carnaval, como Império Serrano (9 títulos!), Estácio e a Ilha presas no grupo de acesso. Acho que deveriam corrigir os rumos e voltar com 14 escolas no grupo Especial, como era antes.
E quanto à transmissão, a Band deu um show na série Ouro enquanto a transmissão da Globo do grupo Especial piora a cada ano que passa. Parece que há má-vontade em transmitir e a própria emissora desvaloriza o produto que tem. É muito ruim! E esse ano a Globo inovou com uma transmissão sem repórteres, colocando pessoas totalmente despreraradas para cobrir os desfiles. Sabiam nada de carnaval, a transmissão da Globo foi uma vergonha! A Liesa deveria colocar ordem na casa para valorizar o carnaval do Rio.
Eu prefiro os desfiles da Serie Ouro pois sao mais focados no aspecto religioso do Candomble, e isso infelizmente nao é tema para ser tratado pela ótica colonial da Rede Globo. Acho que a Band faz um otimo trabalho cobrindo a Serie Ouro. Mas, realmente, Carnaval de Sao Paulo é tipo festival de death metal do Recife: É tão nicho que deveria estar num desses canais que só pega colocando bombril na antena da TV do UHF
Vários problemas elencados que podem ser sintetizados na falta de apoio as escolas do Rio. Elas “venderam” seu produto ao exibidor para a TV e para a Prefeitura que fornece a infra. Recebem o que dão e entregam o produto. Por conta disso são apresentados enredos dirigidos política e economicamente, sem que a escola tenha liberdade de criação. Agora, sofremos uma crise de identitarismo. Piorando o problema, criou-se um sistema de castas definidas e sem mobilidade, perpetuando os atores sem renovação. Como neste ano as empresas estão de caixa baixo e fugindo dessas pautas identitárias para não sofrer represálias de consumidores, a fonte secou. Dinheiro foi escasso e se refletiu na qualidade do produto e infra a tal ponto de venderem a avenida as escuras como recurso para economizar. Parabéns aos envolvidos. Que se retorne ao modelo de acesso e descenso com no mínimo 2 e máximo de 4 escolas. A troca de escolas movimentaria novamente as comunidades. Trazer as 3as e 4as divisões de volta a Sapucaí é forçar as escolas a reinvestir, em vez de espremer mais de 100 escolas no “beco” que se tornou a Nova intendente, agora de volta aquela avenida mas com tanta coisa junta e espremida que blocos de bairro tem melhor harmonia. Reativar desfiles de blocos e ranchos como os que existiam em Bonsucesso e Pavuna poderia resgatar uma associação de escolas de subúrbio com blocos e patrocinadores recriando o carnaval de rua. O certo é que se nada for feito os desfiles estão fadados a extinção.
CORREÇÃO: Mas a Globo quer realmente acabar com o carnaval do Rio e tornar o de São Paulo o mais grandioso do Brasil. Já senti um efeito ao ver o site do jornal português Correio da Manhã noticiar a vitória da Mocidade Alegre e ignorar o título da Viradouro. Em 2022, ao renovar o contrato com a Liga paulista, a Globo foi uma tchutchuca ao aceitar a imposição deles de transmitir o carnaval de lá TAMBÉM para o Rio de Janeiro. Ela transmitia o da Série Ouro só para o Rio, mas os paulistas impuseram e eles voltaram a transmitir o carnaval paulista para cá também. Mas quando a negociação é com a Liesa, a Globo vira um tigre feroz, ameaçando romper o contrato e acabar com a boa visibilidade proporcionada pelo padrão Globo de qualidade se a liga daqui não satisfizer as vontades dela: como só transmitir a partir da terceira escola (este ano ela voltou a transmitir desde a primeira), começar depois das dez e limitar o número de escolas para encaixar a grade. Os desfiles do Grupo Especial só têm 12 escolas por causa da Globo. Aposto que se a Liesa propusesse o aumento de escolas a Globo iria chiar. E se decidir de última hora manter a Porto da Pedra e subir a Império Serrano também vai ameaçar romper o contrato por falta de credibilidade. Mas a Série Ouro se vingou da Globo e teve uma transmissão bem melhor que a emissora que já foi carioca. Pena que a Band só transmitiu para todo o país depois da 1 hora da manhã. O telespectador carioca só foi salvo pelo You Tube. E senti reflexo disso por causa da mania das operadoras de TV a cabo e streaming de só transmitir sinal de São Paulo para todo o país, mas isso é outro assunto que eu queria que o Diário do Rio fizesse campanha.
Não é xenofobia, não! É defender os interesses do estado do Rio, que é a proposta do Diário do Rio e é coisa que a Rede Globo, única emissora (ainda) com sede no Rio faz exatamente o contrário. Paulista adora defender os seus interesses, mas quando um fluminense faz o mesmo acusa os outros de xenofobia. Paulista gosta mesmo de tornar a sua cultura dominante. Bairrismo do paulista é bonito, mas bairrismo do fluminense é feio.
Mas a Globo quer realmente acabar com o carnaval do Rio e tornar o de São Paulo o mais grandioso do Brasil. Já senti um efeito ao ver o site do jornal português Correio da Manhã noticiar a vitória da Mocidade Alegre e ignorar o título da Viradouro. Em 2022, ao renovar o contrato com a Liga paulista, a Globo foi uma tchutchuca ao aceitar a imposição deles de transmitir o carnaval de lá TAMBÉM para o Rio de Janeiro. Ela transmitia o da Série Ouro só para o Rio, mas os paulistas impuseram e eles voltaram a transmitir o carnaval paulista para cá também. Mas quando a negociação é com a Liesa, a Globo vira um tigre feroz, ameaçando romper o contrato e acabar com a boa visibilidade proporcionada pelo padrão Globo de qualidade se a liga daqui não satisfizesse as vontades dela: como só transmitir a partir da terceira escola (este ano ela voltou a transmitir desde a primeira), começar depois das dez e limitar o número de escolas para encaixar a grade. Os desfiles do Grupo Especial só têm 12 escolas por causa da Globo. Aposto que se a Liesa propusesse o aumento de escolas a Globo iria chiar. E se decidir de última hora manter a Porto da Pedra e subir a Império Serrano também vai ameaçar romper o contrato por falta de credibilidade. Mas a Série Ouro se vingou da Globo e teve uma transmissão bem melhor que a emissora que já foi carioca. Pena que só transmitiu para todo o país depois da 1 hora da manhã. O telespectador carioca só foi salvo pelo You Tube. E senti reflexo disso por causa da mania das operadoras de TV a cabo e streaming de só transmitir sinal de São Paulo para todo o país, mas isso é outro assunto que eu queria que o Diário do Rio fizesse campanha.
Dá para apagar esse comentário, por favor? Está cheio de erros de gramática.
Ou a Globo deixava de exibir a série Ouro ou perdia o Carnaval de São Paulo, a liga de lá, disse que só fechava com a ela, se a transmissão fosse para o Brasil inteiro, nos últimos anos, os desfiles de São Paulo, não eram mais transmitido para o Rio, justamente devido a exibição da série Ouro. Entretanto, a Band deu um show na transmissão da série Ouro.
O Governo construiu o Sambodromo, a cidade do samba, cuida da conservação e segurança dos 2 lugares, da dinheiro pras escolas de samba.
O que mais eles querem?
Se não tem como se sustentar é porque o povo não se interessa mais.
Eles que se sustentem com seus próprios recursos.
Fosse eu dava os 2 lugares pra eles mandavam eles se virarem.
Assisti o desfile da série Ouro,na Band, gostei. Bons comentários, conhecimento da história da agremiação e muita simpatia. Concordo que deveriam subir 2 e também,descer 2.
Perdemos para SP a Bolsa de Valores, depois o Mercado de Capitais em geral, o principal aeroporto do pais, as sedes das instituições financeiras e agora perderemos o Carnaval.
Vc colocar na mesma frase genialidade e Leonel Brizola, vc só pode estar de sacanagem!!! Perdi completamente o interesse de ler o resto do texto.
Rapaz, quanta lucidez nesse artigo sobre o carnaval do Rio de Janeiro, parabéns por trazer a discussão esse importante assunto
Carnaval do Rio e maravilhoso, não a toa é reverenciado como berço do samba. Porém não esqueça que em São Paulo a globo deixa de transmitir o grupo de acesso para transmitir o carnaval do Rio. E se falando em administração, o carnaval de São Paulo não fica devendo nada ao do Rio, tanto em organização quanto a grandeza de suas agremiações, luxo e beleza. Por fim caro amigo vejo que não conhece o carnaval de São Paulo, pois a Gaviões da Fiel a mas de décadas faz parte do grupo especial do carnaval Paulistano, e não do grupo de acesso como o amigo se reportou em sua materia.
Falou tudo !! Tô achando que os cariocas estão ficando com um pouco de dor de cotovelo
Tenho saudades da Império Serrano, Tradição, Caprichosos de Pilares, Estácio com sambas enredos inesquecíveis no Grupo Especial. Acho, q todas as escolas tradicionais deveriam desfilar na Sapucaí e ser transmitida a apresentação.
Concordo com você! A transmissão dos desfiles tem que ser direcionada para a cidade interessada… Desfiles do SP, transmite pra SP, desfile do RJ, transmite pro RJ e restante do país.
Quanto ao tempo de desfile, do grupo de acesso,poderiam reduzir o tempo sim! Bem como, cair 4 escolas do especial e subir 4 escolas do acesso, como no futebol. E já tá mais do que na hora, de fazer o desfile da série prata na Sapucaí! Venderiam ingressos por 10,00 e os camarotes a preço acessível, tipo 400,00… A cidade lotada de turistas, público não vai faltar…
Se as pessoas não tivessem o vício de assistir somente um canal teriam visto as escolas da série ouro.
pESSOAS moradoras de Nilópolis, Niterói, Sao Gonçalo trabalham, muitas delas, na cidade do RJ. Tb precisamos pensar nisso. Servimos para trabalhar, mas não pra viver o carnaval! Mas as regras podem e devem ser debatidas. Suas ponderações sobre a série ouro eu tendo a concordar!
Concordo, o público do RJ não pode ser “obrigado” a ver desfile paulista. Inclusive a cobertura da Band foi muito melhor do que a da Globo, a Band deveria ser a oficial, e bem divulgada transmissora da série Ouro, veremos quem tem mais audiência.
A reforma que tem que ser feita é cortar o dinheiro público. Todo mundo sabe em que mão estão estas agremiações. É um escândalo! De resto, eles que se resolvam. Querem valorizar a Unidos de Nova York em detrimento do tradicional Império Serrano, sua alma, sua palma.
Um completo debilóide ao falar isso. Apesar do esforço das escolas, o grupo de acesso infelizmente ainda é pobre em beleza, estrutura, com apenas 3 ou 4 agremiações se destacando. Quer achar problema onde não tem. Não seria mais fácil a prefeitura, patrocínios e organização dividirem verbas mais igualitárias entre os grupos?
Concordo, o público do RJ não pode ser “obrigado” a ver desfile paulista. Inclusive a cobertura da Band foi muito melhor do que a da Globo, a Band deveria ser a oficial, e bem divulgada transmissora da série Ouro, veremos quem tem mais audiência.
A série ouro foi transmitida pela Band. Não existe só Globo na tv.
Você está coberto de razão.
Concordo, o público do RJ não pode ser “obrigado” a ver desfile paulista. Inclusive a cobertura da Band foi muito melhor do que a da Globo, a Band deveria ser a oficial, e bem divulgada transmissora da série Ouro, veremos quem tem mais audiência.
Concordo com TD que foi falado, mas só faltou citar a Estácio de Sá, que a escola mais antiga e possui sambas lindos tb, como Ilha, Império Serrano e demais citadas.
Os comentários acima certamente são de pessoas que não entendem bulhufas de carnaval. Preconceito? Fala sério! Quer ver carnaval de SP,vai pra SP! Além de ser chato pra caramba não chegam aos pés do desfile na intendente. Estou com o colunista. Carnaval da sério Ouro tem que passar na grade da globo.
O quê esperar desse cidadão? De preconceitos ele já demonstrou ser um especialista. Até uma loja situada no Largo da Carioca, onde já funcionou a Caixa Econômica, comprada por grupo chinês que abriu um comércio de quinquilharias ele conseguiu com suas críticas, fazer o poder público fechá-la temporariamente, logo após sua inauguração.
Mangueira, Portela, Salgueiro, Unidos da Tijuca e da Vila Isabel, Imperatriz e ano que vem duas escolas de Padre Miguel… Não sei onde falta escola da capital no grupo especial… Parece mesmo que alguém torce para uma das escolas citadas. Seis escolas por dia é bem mais do que as pessoas conseguem de fato assistir. Parece aquele pessoal que quer uma Copa do Brasil com 200 times para finalmente dar uma chance para os times do Pará e do Tocantins jogar no Maracanã ?
Se a própria LIESA importou um administrador de São Paulo…imagina a qualidade da organização do Carnaval deles.
E na boa, a competência deve ser elogiada e valorizada.
Embora concorde com o que o Wagner falou, acredito que o problema seja bem mais profundo e deve ser combatido ao longo de todo o ano. Como amante do carnaval de escola de samba, com meus 30 anos, sei o quanto meus amigos me olham com estranhamento ao me ver não ficar até tarde nos blocos e festas pra acompanhar os desfiles. A cultura de escola de samba acabou virando uma bolha e saindo do senso comum da cidade. Como disse o Gabriel David no Charla Podcast, o streaming existe há vários anos, mas os sambas-enredo do ano só entraram por lá há 2 anos, via LIESA. Até bem pouco tempo atrás, era preciso retirar ingressos físicos em horário útil no centro ou debaixo do setor 13. Eu amo o carnaval de escolas de samba, mas precisam se conectar com o mundo atual, sem abdicar das tradições.
A Band transmitiu lindamente os desfiles da série ouro, era só trocar o canal.
Além do que o colunista demonstra profunda atitude de preconceito e até xenofóbica contra agremiações de fora da cidade do Rio.
Esse tipo de manifestação acaba de forma subliminar alimentando atitudes deploráveis contra pessoas que não são da cidade.
Ninguém no Rio quer saber do carnaval de São Paulo, cada um com suas festas!
Que loucura! É proibido dizer o óbvio? É evidente que o carioca preferirá ver a União da Ilha ou o Império Serrano e não as escolas de São Paulo ou de qualquer outro local.
O colunista só disse a verdade. Essa estratégia manjada de alguns, de tentar calar opiniões alheias e até mesmo fatos incontestes que não lhe agradem, tachando tudo de “preconceito”, é típica de pessoas que sofrem de diferentes problemas, que podem ter a ver com a saúde mental ou simplesmente com o caráter.
São os opressores (ou na verdade, agentes deles) que, para mais facilmente imporem sua agenda, se vitimizam. Assim bloqueiam qualquer reação.
Numa análise mais ampla, vemos que esse não é um fenômeno apenas local, mas sim mundial. A busca em destruir culturas, costumes e valores locais e impor coisas cada vez mais degradantes, que seriam uma “cultural mundial”, financiada e impulsionada pelos grandes capitalistas.
Essa “cultura mundial” faz uso de adaptações do que chamo de “lixo pop-pornô” estadunidense. No Brasil o funk no lugar do samba e da tradicional MPB e o sertanejo universitário no lugar do sertanejo raiz. Na Coreia, o k-pop. Etc, etc, etc. Todos os países do Ocidente ou influenciados fortemente pelo Ocidente vem sofrendo desse mal.
Não a toa, para tal projeto, os grandes capitalistas fazem uso da mídia hegemônica (que sempre foi sua arma), mas também de certos grupos locais das sociedades alvo, que costumam ser bastante frágeis em termos de valores e que não resistem à uma grana ou holofotes. Além também de serem frágeis mentalmente/emocionalmente. São esses grupos que se dizem hoje “minorias”. Estes, adoram se vitimizar, mas na verdade representam os verdadeiros opressores, já que, sabendo ou não disso, atuam como agentes dos maiores psicopatas que existem neste planeta.
Respeite a cultura local, de cada estado brasileiro.
Respeite o carioca e o gosto dele por suas escolas de samba.
Assim como o paulista que prefere as suas.
Respeite também a cultura nacional de cada país.
E para de acusar o outro do que você é.
Obrigada por sua colocação, André! Faço minhas as suas palavras. Enquanto lia, pensei exatamente isso.
“Essas novas agremiações, que muitas vezes vêm de cidades da região metropolitana, como Caxias, Nilópolis e, mais recentemente, Niterói, têm se destacado e vencido o Carnaval. Elas têm sido as grandes vitoriosas, apesar de muitas delas nem sequer terem tido uma participação efetiva quando o Sambódromo foi criado há 40 anos”.
Percebemos que não entende nada de Carnaval! Beija Flor de Nilópolis nova escola que não teve participação efetiva ???
Que louco! Provavelmente um torcedor frustrado da Império Serrano que não se modernizou e dificilmente sai da situação que está
Não é xenofobia, não! É defender os interesses do estado do Rio, que é a proposta do Diário do Rio e é coisa que a Rede Globo, única emissora (ainda) com sede no Rio faz exatamente o contrário. Paulista adora defender os seus interesses, mas quando um fluminense faz o mesmo acusa os outros de xenofobia. Paulista gosta mesmo de tornar a sua cultura dominante. Bairrismo do paulista é bonito, mas bairrismo do fluminense é feio.
Ninguém assiste Band. A Globo transmitindo daria muito mais visibilidade a série ouro!
A Band transmitindo deu uma goleada na rede Globo! Aliás, quando se trata de destruir o que é tradicional, rede globo está na vanguarda!
Carnaval do Rio e maravilhoso, não a toa é reverenciado como berço do samba. Porém não esqueça que em São Paulo a globo deixa de transmitir o grupo de acesso para transmitir o carnaval do Rio. E se falando em administração, o carnaval de São Paulo não fica devendo nada ao do Rio, tanto em organização quanto a grandeza de suas agremiações, luxo e beleza. Por fim caro amigo vejo que não conhece o carnaval de São Paulo, pois a Gaviões da Fiel a mas de décadas faz parte do grupo especial do carnaval Paulistano, e não do grupo de acesso como o amigo se reportou em sua materia.
Exatamente. A reportagem coloca a globo como emissora única para transmissão, e não é, como você bem disse a Band arrasou na transmissão dos desfiles da série Ouro e quem se interessou em assistir conseguiu.