Marcante para a mobilidade urbana fluminense e uma das mais famosas de todo o país, a Ponte Rio-Niterói completa 50 anos nesta segunda-feira (04/03).
Inaugurada em 4 de março de 1974, a Ponte Presidente Costa e Silva – seu nome oficial, que homenageia o 27º presidente do Brasil, responsável por autorizar a construção – tem cerca de 13km de extensão e atravessa a Baía de Guanabara. Ela foi idealizada por Mário Andreazza, ministro dos Transportes à época.
Antes da ponte ser erguida, a ida do Rio a Niterói (ou vice-versa) só era possível mediante o uso de balsas ou percorrendo mais de 100km, via Baixada Fluminense, o que tornava-se desgastante e inviável.
Paralelamente, o elevado ajudou – e muito – a desafogar o trânsito da BR-101, rodovia que margeia o litoral brasileiro da região Sul ao Nordeste. Em território fluminense, a via expressa se chama Rio-Santos (Sul) e Rio-Campos (Norte).
Atualmente, a Rio-Niterói é considerada a ponte mais extensa do país e a 4ª das Américas, perdendo para três localizadas nos Estados Unidos. A nível mundial, ocupa a 24ª colocação.
Fatos notáveis
Em seus 50 anos de existência, a Ponte Rio-Niterói já viveu momentos felizes e tristes, como qualquer história de vida.
O local abrigou os nascimentos, por exemplo, de Mariah, vinda ao mundo em 9 de agosto de 2018, e de Noah, em 20 de julho de 2022.
Em contrapartida, o elevado já presenciou mortes, sendo a mais famosa delas a da cantora Maysa, em 22 de janeiro de 1977.
À época com 39 anos, a artista morava em Maricá, na Região Metropolitana, e voltava do casamento de seu filho, no Rio, quando o carro que dirigia perdeu o controle e bateu na mureta da ponte. Ela não resistiu aos ferimentos.
Ademais, no dia 20 de agosto de 2019, um ônibus da linha 2520 (São Gonçalo-Centro do Rio), pertencente à empresa Galo Branco, foi sequestrado e fechou a ponte por mais de três horas. Ao todo, quase 40 pessoas foram feitas reféns. O criminoso, identificado como Willian Augusto da Silva, acabou baleado e morto.
Por fim, no início da noite de 14 de novembro de 2022, com ventos a 60km/h, o navio-graneleiro São Luiz, à deriva na Baía de Guanabara, acabou se chocando com a ponte, causando pânico em quem passava pelo local.