Realizada recentemente em Portugal, uma campanha para estimular o reaproveitamento de imóveis públicos abandonados está sendo replicada em duas capitais brasileiras. Os responsáveis pelas ações, aqui no Brasil, são os vereadores Pedro Duarte, no Rio de Janeiro, e Manu Vieira, em Florianópolis – ambos do partido Novo.
Pedro e Manu estão visitando pessoalmente os imóveis em suas respectivas cidades. E, após inspeção das condições dos espaços, eles tiram fotos segurando cartazes semelhantes aos que são usados, lá em Portugal, pelo partido Iniciativa Liberal (IL), sempre nas cores azul e amarela e com frases chamativas. O material dos brasileiros vem sendo postados nas redes sociais.
No Rio de Janeiro, em especial, Pedro Duarte já vem fazendo um trabalho de identificar esses imóveis desde seu primeiro ano de mandato, em 2021, somando até o momento quase 900 espaços visitados da União, do governo estadual ou da Prefeitura do Rio. O trabalho resultou em cinco relatórios, sendo três deles já divulgados pela imprensa.
Este ano, no entanto, as ações acabaram resultando na campanha ‘Aqui poderia ter gente morando”. Desde que foi lançada pelo vereador carioca, há duas semanas, foram vistoriados, por Pedro e pela sua equipe, 13 imóveis em bairros como Centro, Tijuca, Ramos, Flamengo, Praça da Bandeira etc. A ideia é fazer novas vistorias nos próximos meses.
“Estamos lançando a campanha para expor imóveis nessas condições que bem poderiam ser moradia ou comércio. O que não podemos aceitar é que esses espaços continuem acumulando lixo, água e sendo invadidos, gerando insegurança nos bairros”, diz Pedro, visto nas fotos com um cartaz onde se lê: “Aqui poderia ter gente morando. Mas está abandonado”.
A campanha está gerando engajamento nas redes, com os internautas apontando outros terrenos, casas, prédios e até estacionamentos abandonados pelo Poder Público. “Aqui no Recreio dos Bandeirantes (bairro da Zona Oeste do Rio), já identifiquei dois espaços públicos abandonados”, relatou um seguidor das redes de Pedro.
Além da subutilização desses espaços, um agravante é a situação em que os imóveis são encontrados pela equipe de Pedro, incluindo o coordenador do projeto no gabinete, o assessor parlamentar Henrique Koerman. “Os espaços têm entulho, restos de material usado por usuários de drogas; alguns deles estão invadidos por moradores de rua…” relata Koerman.
Um desses imóveis já foi sede da Região Administrativa de Ramos, onde a porta da varanda do segundo andar estava aberta, além de outros sinais da presença de “invasores”. Lixo, entulho e restos de drogas compõem o cenário. Já o antigo Restaurante Popular Josué de Castro, no Méier, é apontado pelos vizinhos como um reduto constante de usuários de drogas.
Em Florianópolis, a vereadora Manu Vieira também decidiu adotar uma ação parecida, visitando os imóveis abandonados. Ela chegou a apresentar um projeto de lei à Câmara Municipal local, que chamou de ‘Retrofit”, para facilitar a reforma e até mesmo a alteração de uso desses espaços espalhados pela capital catarinense.
A decisão de “espelhar” a campanha no Brasil surgiu, em parte, porque os dois vereadores têm um diálogo permanente com o Iniciativa Liberal, inclusive forte identificação em relação a posicionamentos liberais do IL. Pedro chegou a pedir voto, na comunidade portuguesa, para o partido português, visando as eleições legislativas do último dia 10 de março.
Dados falhos
Os dados de imóveis públicos no Rio, em especial, são considerados muito falhos. Em 2021, um levantamento feito junto à Secretaria municipal de Fazenda pelo jornal O Globo mostrou que, só da Prefeitura do Rio, existem hoje na cidade 9.017 espaços como escolas, hospitais, praças, terrenos etc. Não se sabe quantos deles estão abandonados.
O primeiro que deveria ser destinado a moradia é aquele esqueleto na esquina da rua Rivadávia Correia com a Arlindo Rodrigues. Um dos pontos mais nobres do Porto Maravilha, numa esquina em que fica encravado entre a Cidade do Samba, o Aqwa Corporate, a roda-gigante Yup Star e o AquaRio. Quer ponto mais nobre do que esse? Pois é: ocupando um terreno imenso, o esqueleto está abandonado desde o início da transformação do Porto, e hoje é um paraíso para mosquitos da dengue em meio a uma epidemia da doença que já vitimou mais de um milhão de pessoas. O prédio em questão seria do Banco Central ou da CEF, se não me engano.
O primeiro que deveria ser destinado a moradia é aquele esqueleto na esquina da rua Rivadávia Correia com a Arlindo Rodrigues. Um dos pontos mais nobres do Porto Maravilha, numa esquina em que fica encravado entre a Cidade do Samba, o Aqwa Corporate, a roda-gigante Yup Star e o AquaRio. Quer ponto mais nobre do que esse? Pois é: ocupando um terreno imenso, o esqueleto está abandonado desde o início da transformação do Porto, e hoje é um paraíso para mosquitos da dengue em meio a uma epidemia da doença que já vitimou mais de um milhão de pessoas.
exelente
Ótimo vereador, candidato a prefeito do RJ, terá meu voto. Já grande parte dos nossos “espertíssimos” eleitores, preferem votar nos mesmíssimos partidos de sempre, que AGORA estão prometendo que farão TUDO que nunca fizeram…Depois, não reclame, pois foi vc mesmo que elegeu trastes para governar ou legislar.
AQUI NO CEP 20251061 NO RIO COMPRIDO A EMPRESA FAET FALIU ABANDONOU O IMÓVEL NEM ESTADO É PREFEITURA NÃO TOMA NEM UMA PROVIDÊNCIA A RUA ESTÁ ABANDONADA E IPTU EM DIA É NEM A IMPRESSA QUER SABER DE DIVULGAR.