O Armazém São Joaquim, localizado em Santa Teresa, na região Central do Rio, teve a fachada pichada na madrugada da última sexta-feira (22/03). As câmeras de segurança do local flagraram a ação dos vândalos. O imóvel histórico, construído em 1864, fica localizado no número 470 da Rua Almirante Alexandrino, e hoje funciona como bar, restaurante, café e pousada. Além de ter sido totalmente reformado em 2020, o espaço é tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
Proprietário do Armazém São Joaquim, o empresário argentino Patricio Goychoa, que vive no Brasil há 20 anos, mostrou sua indignação com a depredação do estabelecimento e denunciou que tem sido hostilizado por um pequeno grupo de pessoas que teriam ficado insatisfeitas com a remoção de uma banca de jornal irregular que funcionava naquele trecho.
“Desde que abri o armazém tenho sofrido agressão. Eles acham que Santa Teresa é só deles. Não tenho problema com ninguém. Tenho uma vida de trabalho no Brasil. A única culpa que eu tenho é de ter investido na revitalização de um prédio histórico do bairro”, disse Goychoa.
Vale destacar que destruir ou danificar o patrimônio público (incluindo pichação) é crime e está previsto no artigo 163 do Código Penal. Quando há vandalismo, os órgãos de segurança são acionados para registrar o boletim de ocorrência e adotar as medidas necessárias, entre elas, a prisão do infrator.
O novo Armazém São Joaquim
O Armazém São Joaquim, conta com uma localização privilegiada, no coração de Santa Teresa, mais precisamente no Largo do Guimarães. O casarão de dois andares, que chama atenção de longe pelas cores amarelo e vermelho, é um dos mais famosos sobrados da região, e fica bem em frente ao ponto do bondinho de Santa Teresa.
Veja o antes e depois da reforma do local, promovida em 2020
Vandalismo no Centro do Rio
Diariamente o DIÁRIO DO RIO noticia casos de vandalismo em Santa Teresa. O bairro sofre com diversas modalidades do crime, mas uma que tem apavorado os moradores e comerciantes, é o furto de cabos, que tem deixado a população sem luz por diversas horas, às vezes, por dias.
Outro episódio emblemático na região, foi o de uma histórica Balaustrada, localizada próxima ao Largo dos Guimarães, que foi danificada durante o Carnaval do ano passado. A peça quebrada é do início do século XX, de ferro fundido, e foi restaurada em 2016.
Uma das áreas que também sofre é o bairro vizinho da Glória, que constantemente é alvo de depredação. Um dos símbolos da região, o Chafariz da Glória é um dos alvos preferidos dos criminosos, Além disso, o equipamento ainda convive com o abandono do poder público.