Nesta quinta-feira (11/04), Evelin Moura, mãe do menino Moreno Moura Nascimento de 2 anos e meio morto durante internação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, denunciou o caso no Ministério Público do Rio de Janeiro, na Defensoria Pública e nos demais órgãos cobrando investigação do ocorrido. A família alega caso de negligência médica na unidade, uma vez que estiveram lá com a criança por pelo menos cinco vezes.
“Eu pude constatar que houve um abandono interno grave do meu filho na UPA. Havia sido pedida uma transferência dele para uma UTI adulto, esse erro causou um atraso que pode ter provocado o óbito”, disse Evelin durante ida ao gabinete da vereadora Thais Ferreira, presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Câmara do Rio.
A família afirma que na segunda ida com a criança a unidade hospitalar não havia equipamento de raio-X funcionando quando Moreno estava com falta de ar. Já na terceira vez, a médica foi embora e não tinha outro pediatra para atendê-lo. Nesse contexto, a família pede justiça pelo filho para que o caso não caia no esquecimento.
“Nós vamos fazer o possível para conseguirmos reunir provas para elucidação desse crime que tirou a vida dessa criança. A proposta agora é junto com a mãe Evelin protocolarmos as denúncias junto aos órgãos para que ela consiga montar um processo contra a Prefeitura e alcançar justiça para seu filho“, explica a parlamentar.
O caso foi denunciado há mês. Na ocasião, a família disse inicialmente acreditar tratar-se de um resfriado comum na criança, mas não houve diagnóstico na UPA. Apenas após o óbito, o laudo médico trouxe a informação de se tratar de uma bronquiolite. O primeiro atendimento foi realizado na segunda-feira (11/03), apenas no sábado (16/03), Moreno foi internado na UPA, porém o estado de saúde dele já era grave, tendo morrido no dia seguinte (17/03) durante a tentativa de uma intubação.