19 de abril é o Dia dos Indígenas. Essa foi a data de encerramento do 1º congresso ameríndio, realizado no México, em 1940. No Brasil, o dia é celebrado, por lei, desde 1949.
Nossos indígenas são os brasileiros originários, que viviam aqui, em diferentes comunidades, desde muito antes da chegada dos portugueses.
Aprendemos nas escolas – isso vem mudando, ainda bem – que o Brasil foi “descoberto” em 1500. Foi uma descoberta para os portugueses, que com suas naus aportaram por aqui, em busca de iguarias e terras que gerassem riquezas para os reis e a nobreza lusitana.
Na verdade, não houve um “descobrimento”, mas sim um cobrimento de culturas e povos ancestrais.
Os indígenas, atacados, subornados, escravizados e mortos, resistiram. Hoje, são 305 povos, falando 274 línguas. Estamos perdendo a vergonha (imposta) dessa nossa bela raiz: já somos 1,7 milhão declarados indígenas, o que representa 0,83% da população total do Brasil.
As políticas públicas, a duras penas, começam a chegar aos povos originários: hoje, há 3.300 escolas indígenas. Os “curumins” são 1% das crianças do ensino básico no Brasil.
Neste governo, afinal, foi criado o Ministério dos Povos Indígenas, que tem à frente Sônia Guajajara (eleita deputada federal pelo PSOL-MG).
Menos Coroa, mais Cocar! Ouçamos as vozes do Brasil profundo, que nos ensinam vida coletiva e compartilhada, respeito e louvor à natureza.
Mesmo em meio a gritos de dor e revolta contra continuados massacres, e ao enfrentamento cotidiano contra grilagem, ocupação ilegal e garimpo em suas terras, eles nos ensinam alegria de viver!
Salve os povos originários do Brasil!