Uma lenda urbana que corre no Rio de Janeiro há anos é o retorno da Bolsa de Valores do Rio, mas sempre sem uma confirmação oficial. Porém, na tarde desta quarta-feira, 2/5, em um almoço no Fairmont Rio promovido pela Ademi e Sinduscon-Rio, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a cidade voltará a ter uma Bolsa de Valores.
Havia boatos em março de que a Mubadala Capital, pertencente ao fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, pretendia estabelecer uma nova Bolsa de Valores no Brasil para concorrer com a B3, a antiga Bovespa, localizada em São Paulo. Os planos da Mubadala envolviamm fortalecer o desenvolvimento de produtos e ofertas de negociação eletrônica da ATG e ampliar a conexão com as principais Bolsas da América Latina e dos Estados Unidos
A ideia é que a nova Bolsa no Rio comeceçasse a operar no segundo semestre de 2025 de forma completa, com a negociação de ações, derivativos, câmbio e commodities. A nova Bolsa, ainda sem nome, seria comandada por Claudio Pracownik, que já esteve no comando das corretoras Genial Investimentos e Ágora.
Anteriormente, em dezembro de 2023, a AirCarbon Exchenge (ACX) Brazil fechou uma parceria com a B3, sendo o braço de crédito de carbono da bolsa brasileira. E essa bolsa está sediada no Rio. A ACX Brazil é parte do grupo ACX – uma das maiores plataformas de negociação, no mercado voluntário, de crédito de carbono. O Município começava a estimular um novo mercado na cidade.
Também em 2023, foi aprovado pela Câmara de Vereadores o ISS Neutro – maior programa de incentivo ao mercado voluntário de crédito de carbono, proposto pela Prefeitura do Rio. O projeto vai destinar até R$ 60 milhões por ano para empresas que forem ao mercado voluntário comprar crédito e neutralizar suas emissões, estimulando direta e indiretamente esse nicho na cidade do Rio de Janeiro.
Inaugurada em 1820, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro teve seu período áureo entre 1950 e 1970, com sua sede na Rua do Mercado, na Praça XV, trazia uma vida e ares cosmopolitas para a região. Mas desde o crash de 1971 foi perdendo o espaço de maior Bolsa de Valores do Brasil para a Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa, que ultrapassou a BVRJ no crash de 1989. Ainda assim foi sede das privatizações no governo FHC, incluindo a TELESP. Mas em 2000 o que restava de negociações de ações no Rio foi transferido para São Paulo, e o Rio perdeu parte de seu brilho.
Se confirmado, a sede da Bolsa de Valores do Rio não deve ser o prédio espelhado da Praça XV, já que o proprietário é a própria B3. Entretanto, tendo em vista os olhos de Paes para o Centro do Rio e o Porto, essa deve ser a região contemplada.
Sera mesmo que isso vai se realizar ou vai ser mais uma piada de mal gosto do Dudu Paes Paspalho , aguardemos.
Com a tecnologia que existe a necessidade de uma bolsa de valores física é zero. O RJ perdeu lá atrás a disputa com SP, a Bovespa consolidou todo o mercado na B3 e é vida que segue. Apenas fumaça.
Show de bola!
Ótimo. Chega de andar pra trás!