A quarta e última matéria da série Fome na Cidade Maravilhosa mostra um dado preocupante. O Mapa da Fome da Cidade do Rio de Janeiro revela que o percentual de fome (7,9%) no município é quase o dobro se comparado com o dado nacional recém-divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada em abril deste ano de 2024, a fome esteve presente em 4,1% das casas brasileiras. No estado do Rio de Janeiro, ainda segundo a PNAD, o percentual de 3,1% ressalta ainda mais a situação aguda da capital fluminense.
O estudo analisa as políticas públicas e iniciativas – do governo ou da sociedade civil – que têm por objetivo assegurar o direito à alimentação saudável. Os únicos três restaurantes populares municipais (em Bonsucesso, Bangu e Campo Grande) atenderam a apenas 6,9% da população carioca.
As cozinhas comunitárias e o programa Prato Feito Carioca foram acessados, de agosto a outubro de 2023, por apenas 2,1% dos moradores da cidade. As visitas às residências de agentes comunitários de saúde também têm se mostrado escassas: 56,5% da população no município relatou não ter recebido nos últimos três meses.
O principal programa de segurança alimentar do município consiste no acompanhamento assistencial e nutricional em unidades de acolhimento (abrigos, hotéis e albergues noturnos) de adultos, crianças e adolescentes. Foram identificados 34 equipamentos públicos (que atendem a 1.500 pessoas), e 5 hotéis (com 500 hóspedes). 16). Há apenas um albergue voltado para a população LGBTQIAP+, localizado na AP 1 (Centro e Zona Portuária). Na AP 2 (Zona Sul), existe somente duas unidades de reinserção social, localizadas no Catete e Laranjeiras.
“Os resultados apresentados por esse mapa indicam os caminhos que devemos seguir para reduzir a fome e garantir alimentação saudável e adequada para as famílias cariocas. Identificamos e avaliamos os equipamentos e políticas de segurança alimentar e nutricional que já existem no município”, explica Rosana Salles-Costa, professora e pesquisadora do INJC/UFRJ.
Segunda cidade mais rica do Brasil. Um dos locais mais visitados do mundo. Em lugar nenhum a fome deve ser admitida. Contudo, em lugares como o Rio de Janeiro esse tipo de condição é mais que inaceitável.
As políticas de combate a fome e a desigualdade precisam ser revistas. O modelo vigente está aquém dos desafios impostos para atender quem vive em insegurança alimentar.
E em políticas públicas parece que estamos sempre olhando pro lado errado. Comemora-se vagas abertas em ensino superior, importante sim mas se negligencia os primeiros anos de vida da criança, que como já comprovaram os estudos do professor James Heckman, é etapa fundamental do desenvolvimento, mas os governos se contentam em prometer vagas de creche e nem isso cumprem. Nossa população está envelhecendo e não se dá um pio sobre políticas de prevenção e a companhamento de saúde sérias para essa faixa etária sendo que o principal gargalo do SUS é justamente ambulatorial, consultas e exames por se você vencer essa fase, o sistema faz um trabalho mais que decente no tratamento de saúde.
Neste momento em Brasília discute-se a taxação das compras da Shein até 50 dólares e se cobra imposto na transmissão de VGBL com discussões embasadas, mas quando se fala em zerar o imposto dos itens da cesta básica começa a jogo de empurra.
Esse assunto não pode ser tratado com essa negligência.
Pois é, o governo é do amor, mas o amor é só entre eles. Banquetes e voos em primeira classe para togados, sofá de 40K para a primeira-quega cuidadora.
Educação padrão Paulo Comuna Freire no lombo da pobraiada, que só pensa em cerveja e gadobol, só podia dar nisso mesmo.
O povo precisa crescer mental e espiritualmente. Se não tem condições mínimas de moradia, estudo, trabalho e sociabilidade, não tenha filhos. O descontrole populacional no fim da linha causa isso que acontece na matéria acima. Tem que ter responsabilidade.
Uma pessoa sozinha ou um casal acaba se virando. Mas com filhos a coisa muda e muito.
Não adianta culpar o governo e a sociedade. Cada um tem que fazer a sua parte.