Localizado na Rua do Rosário, número 30, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, um local é destinado a promover a arte e questões ligadas às lutas indígenas. A Casa Tucum tem como intuito “estimular ou proporcionar a autonomia e a geração de renda para os povos indígenas e comunidades tradicionais“.
Liderada por duas Amandas (a Santana e a Scarparo), a Casa Tucum se define como um local que visa “promover a valorização das artes dos Povos Indígenas. Queremos mostrar para todo o mundo que no Brasil temos artistas indígenas que vivem nas florestas, cerrados, em aldeias ou nas cidades, produzindo incontáveis riquezas para a humanidade através de suas culturas”.
Na loja (que funciona domingo e quarta-feira: 10h às 17h. E quinta-feira, sexta-feira e sábado, das 11h às 19h), e no site, as artes produzidas por indígenas são comercializadas.
Além das artes, alimentos como chocolates e temperos também são comercializados na Casa Tucum. São muitos povos indígenas, de todo o Brasil, alcançados pelo trabalho da Casa.
Foto: Prefeitura do Rio
“Toda ação da Tucum visa estimular ou proporcionar a autonomia e a geração de renda para os povos indígenas e comunidades tradicionais com que trabalhamos. Contribuir para a manutenção de suas culturas é honrar saberes que se renovam no fazer de cada produto, que por sua vez renovam nossa conexão com sofisticadas cosmologias. Fortalecer os povos indígenas é fortalecer a transmissão de conhecimentos que garantem não somente a sobrevivência destes povos, mas a nossa própria existência enquanto sociedade, capaz de reconhecer e valorizar suas raízes e sua história. Assessoramos organizações indígenas na estruturação da cadeia produtiva do artesanato, no desenvolvimento de seus negócios e também atuamos como parceiros comerciais na venda de seus produtos. Fazemos isso através de consultorias e comercialização de artesanatos indígenas na nossa plataforma Marketplace e em lojas parceiras no Brasil e no exterior“, informa a organização da Casa.
De acordo com a Casa Tucum, todo o trabalho é voltado para um olhar ativista para as causas indígenas: “Usamos nossos canais de comunicação para promover e engajar a sociedade à pauta do movimento indígena do Brasil“.
“Hoje no Brasil temos o privilégio de sermos conterrâneos e contemporâneos de centenas de povos indígenas. De testemunhar em seus olhos, suas lutas e suas culturas do que talvez seja o maior exemplo de resistência que a humanidade já conheceu. Esta resistência se materializa na arte, no artesanato. Cada cesto, cada pulseira, cada pintura carrega consigo esta marca. De tão lindos nos ensinam que a beleza, cuidadosamente tramada à mão, é um agente que forma e transforma a sociedade. Se são feitos hoje é porque seus sabedores seguem re–existindo“, explicam as responsáveis pela Casa Tucum.