Chicão Bulhões: Crescimento econômico ou obras na cidade?

Em tempos de debate acalorado sobre aquecimento global, a cidade do Rio de Janeiro escolheu a interseção, e não o caminho paralelo, entre dois temas: desenvolvimento e sustentabilidade

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Vista aérea do Sambódromo do RJ - Foto: Daniel Martins/Diário do Rio

Em tempos de debate acalorado sobre aquecimento global, a cidade do Rio de Janeiro escolheu a interseção, e não o caminho paralelo, entre dois temas: desenvolvimento e sustentabilidade. Mas como crescer sem impactar o meio ambiente? Há três anos, delineou-se um caminho para o Município, que passava por recuperar imóveis abandonados, atrair investimentos, incentivar a oferta de moradias em áreas da cidade que já contavam com infraestrutura de transporte, escolas, hospitais e serviços públicos. Tudo usando como bússola o tema sustentabilidade.

Isso significou planejar uma cidade que, ao mesmo tempo, reaquecesse o desejo de empresas e investidores para se instalar aqui – aumentando a oferta de empregos, com melhores oportunidades para os cariocas – e fosse responsável ambientalmente. Assim, foi desenvolvida uma série de projetos e iniciativas que já trazem resultados.

O projeto Reviver Centro, por exemplo, concedeu quase 40 licenças para construção de novas edificações ou a recuperação de prédios abandonados na região central da cidade, gerando 3 mil novas unidades residenciais. O município está recuperando prédios icônicos da cidade, há décadas abandonados, como o Edifício A Noite, a Estação Leopoldina e o Mercadinho São José, para citar alguns, o que faz com que a cidade do Rio cresça de maneira ordenada, tirando a pressão de oferta de serviços públicos em áreas que necessitariam de investimento mais robusto para oferecer infraestrutura.

Muitas dessas conquistas passam pela integração das licenças urbanística e ambiental, que acelerou o processo de desenvolvimento econômico, permitindo trazer mais investimentos, promover maior legalização e aumentar a produtividade do servidor público. É fundamental destacar que obras licenciadas também geram benefícios para a cidade. Só nesses últimos três anos foram determinadas ações de plantio de 136.257 mudas de árvores decorrentes de medidas compensatórias de licenciamentos. Além disso, com a Lei de Liberdade Econômica e o sistema Alvará a Jato, o empresário tem mais segurança em investir aqui, sem medo de ter surpresas legais no meio do caminho.

A Prefeitura do Rio foi pioneira ao lançar o ISS Neutro para estimular o mercado voluntário de crédito de carbono, criando o maior programa de crédito tributário em nível municipal do mundo (até R$ 60 milhões por ano) para empresas que neutralizarem suas emissões e reduzindo a 2% o ISS de empresas que atuam no setor. A gestão municipal também saiu na frente ao ir ao mercado livre comprar energia para o prédio da própria Prefeitura e de outros prédios, como escolas e hospitais.

Com leis mais claras e simples, projetos bem elaborados, parcerias público-privadas bem costuradas e a criação de hubs que permitem dar densidade a setores, como o Porto Maravalley na região do Porto, a Prefeitura vai ampliando a lista de ações que justificam os resultados do mercado de trabalho: em 2023, o Rio chegou a 3,3 milhões de pessoas ocupadas, atingindo o maior índice da série histórica, iniciada em 2012.

O desemprego voltou a um dígito (9,1%), e o número de pessoas vulneráveis recuou, com menos 327 mil pessoas nessa situação entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2023. No mesmo período, a cidade do Rio criou 522 mil novas vagas, entre formais e informais. Já entre janeiro de 2021 e março de 2024, o Rio foi a segunda capital que mais gerou empregos formais no país (280,1 mil).

Todos esses dados do IBGE e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram compilados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE). Mas podem ser facilmente percebidos pelos cariocas no dia a dia, com a oferta de melhor qualidade em transporte, saúde, mais opções de trabalho, e com as dezenas de eventos pela cidade. Sem falar na Cúpula do G20, que trará os chefes de estado em novembro para debater inclusive mudanças climáticas, e que já gera dezenas de eventos pelo Rio.

O Rio está no centro do debate e não cabe na pauta do Município questionamentos sobre como aproveitar o momento e consolidar o desenvolvimento econômico, iniciado três anos atrás. Está claro para nós que o crescimento sustentado passa pela atração dos investimentos, com responsabilidade ambiental e social e com prosperidade compartilhada por todos. O Rio é, sem dúvida, a cidade do agora.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Eletrizar todo o transporte público com expansão do VLT, parceria com o governo e união para expansão do metrô e dos trens seria essencial para trazer crescimento a cidade, ao estado, e diminuir o impacto ambiental.

    Precisamos correr para parar o aquecimento global e não ver nosso litoral invadido pelas águas e nossos idosos mortos pelo calor

  2. É incontestável! A atual gestão da prefeitura mudou a cara do Rio, e as intervenções foram de uma velocidade “tsunâmica”! Eu não conseguia dar conta de tantos registros fotográficos nas obras que iam surgindo todo dia. Nunca vi nada tão rápido e em tal volume acontecendo todo dia.

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