A retomada do Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão) continua gerando bons resultados para o Rio de Janeiro, onde, entre janeiro e maio de 2024, desembarcaram 635 mil turistas internacionais – um recorde de viajantes para o período desde 2018, de acordo com um levantamento feito pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur).
Em comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou a chegada de 492,5 mil viajantes internacionais, o avanço foi de 29%. Quanto ao desempenho no comparativo a 2018, que registrava a melhor marca, 570,8 mil, o acréscimo foi de 11% no número de turistas internacionais.
De acordo com a pesquisa da Embratur, a maior parte dos turistas que desembarcaram na cidade é proveniente da América do Sul, especialmente da Argentina. Em seguida vêm europeus e viajantes norte-americanos. A empresa tomou como referência informações fornecidas pela Polícia Federal, instituição responsável pelo controle da imigração no Brasil.
Somados ao “efeito Galeão”, segundo o presidente da FecomercioRJ, Antonio Florencio de Queiroz, a desvalorização do real, a oferta de grandes eventos, além da melhora da hotelaria, estariam contribuindo para o incremento de turistas internacionais na capital fluminense.
“Os dados mostram que o turista comprou a ideia do novo Galeão. Agora, o setor produtivo e autoridades precisam dar a ele uma estrutura à altura. Os números mostram o que uma pesquisa do Instituto FecomercioRJ, feita em 2023, já indicava: o passageiro não tinha resistência ao uso do Galeão, desde que de forma mais inteligente e conectada à malha aérea, trazendo novas possibilidades de rotas”, teria afirmado à Folha de São Paulo, Antonio Florencio, para quem a criminalidade e o trânsito não podem inviabilizar a expansão do terminal da Zona Norte do Rio.
Precisamos.de mais metrô no Rio
Torno a dizer que louvo essa recuperação de GIG e o reequilíbrio dos voos entre GIG e SDU. Porém, o principal problema de GIG continua existindo: o acesso, que é feito por vias congestionadas e perigosas (linha Vermelha, Av. Brasil, linha Amarela). E não vejo nenhum projeto realmente eficiente para resolver o problema. Quem quer chegar a GIG ou sair de lá tem de passar em uma dessas 3 vias, seja de táxi, carro particular ou ônibus. Mas não estranharia se as pessoas preferissem viajar por SDU, moradores da cidade e turistas, mesmo que precisando fazer conexão em outro aeroporto. Por isso, está na hora de as autoridades (prefeitura e governo estadual) pensarem na construção de uma linha de metrô elevado ou monotrilho, isto é, de transporte de massa de alta qualidade, rápido, seguro e eficiente, ligando GIG e a Ilha do Governador ao resto da cidade. Ou podem, no futuro, ver o processo de recuperação de GIG fazer água e tudo voltar a ser como era antes (GIG esvaziado e SDU superlotado). Já aconteceu antes. Nada impede que se repita.