O estado do Rio de Janeiro enfrenta uma grave crise hídrica devido à seca prolongada, conforme anunciado nesta segunda-feira (16) pelo governador Cláudio Castro. A escassez de chuvas não só intensificou os incêndios florestais como também provocou uma redução preocupante nos níveis dos reservatórios. Sem previsão de chuvas significativas para os próximos 15 dias, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação pode se agravar ainda mais.
A região hidrográfica do Guandu, responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas, está entre as áreas mais afetadas. Segundo o SIGA Guandu – sistema de informações geográficas e geoambientais do comitê Guandu-RJ – o nível atual do reservatório equivalente está em 67,23% da sua capacidade. Esse volume é bem inferior ao maior registrado em 2024, quando, em 12 de abril, o reservatório chegou a 97,40%. Para comparação, durante a crise hídrica de 2015, o nível chegou ao ponto mais baixo, registrando apenas 17% em 8 de maio daquele ano.
O reservatório equivalente considera o volume dos reservatórios do rio Paraíba do Sul, o principal afluente que tem suas águas transpostas para a bacia do Guandu, além dos reservatórios já existentes na região.
Outro ponto crítico é o reservatório do Funil, que atualmente opera com apenas 27,84% de sua capacidade. A baixa nos níveis não impacta apenas o abastecimento de água, mas também coloca em risco a geração de energia elétrica. Especialistas alertam que o cenário só não é pior devido ao recorde histórico de chuvas registrado no início deste ano, quando, em janeiro, foram contabilizados 348,9 mm de precipitação.
A expectativa é que as chuvas de verão, previstas para os próximos meses, ajudem a reabastecer os reservatórios antes do início do inverno, que historicamente é um período de seca. No entanto, com as mudanças climáticas globais, os especialistas destacam que o estado enfrenta extremos – ora com excesso de chuvas e suas consequências, ora com períodos prolongados de seca.
O comitê Guandu está implementando uma série de medidas voltadas à proteção dos biomas, essenciais para a manutenção dos ciclos naturais da água. Ainda assim, a população é alertada sobre a necessidade do uso consciente da água, evitando desperdícios e adiando atividades que exijam grande consumo.
Esses político coçam o saco até o desastre longamente anunciada!