Rodrigo Amorim vê Segurança Pública como prioritária para a cidade do Rio

Combate ao surgimento de áreas entregues a cracolândias, como Benfica, na Zona Norte, é essencial para o candidato, que vê com bons olhos a internação compulsória de drogados

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Candidato à prefeitura do Rio, o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, a apresentou as suas principais propostas para a cidade. Para ele, o isolamento político de Eduardo Paes e seu grupo, para fortalecer a direita local; a união das forças conservadoras em torno de uma frente única; o armamento total da Guarda Municipal e a refundação da instituição; e a internação compulsória de usuários de crack são questões cruciais para o futuro da cidade.

Perguntado sobre uma possível divisão do campo da direita no Rio de Janeiro, já que o segundo colocado nas eleições é delegado Alexandre Ramagem (PL), apoiado por Jair Bolsonaro. Amorim explicou que a sua candidatura é resultado de conversas com Jair e Flávio Bolsonaro, da atuação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Rodrigo Bacelar, presidente do União no Rio de Janeiro, contra o esforço de cooptação do partido por Eduardo Paes para sua chapa. Para isso, segundo Rodrigo, o prefeito teria tentado usar inclusive métodos não republicanos. Tudo para isolar o bolsonarismo. Para o deputado estadual é a direita que deve isolar o Eduardo Paes na esquerda.

O vereador Rogério Amorim, irmão de Rodrigo e Ramagem são grandes destaques na direita carioca. Apesar das diferenças, há muita semelhança entre eles. Primeiro, estão no mesmo front baseados na mesma vertente ideológica. Um dos pontos de conflito entre Amorim e Ramagem está no armamento da Guarda Municipal, que para Amorim deve ser total, enquanto Ramagem defende um armamento parcial. À Gazeta, ele destacou que é mais veemente nas propostas para a área de segurança pública, ao passo que o delegado é conciliador. Rodrigo afirmou que deseja levar a eleição para o segundo turno e, derrotar a esquerda e Eduardo Paes.

Quanto ao armamento da Guarda Civil, Amorim disse ser favorável, além da transformação da instituição em polícia municipal, com cuidado, treinamento, avaliações psicológicas e capacitação. Para o deputado, a GM deve confrontar o crime, e não o cidadão. Rodrigo Amorim lembrou que Guarda está largada há anos e possui um déficit operacional 7 mil policiais. Isso ocorre por falta de investimento, pois do orçamento de mais de R$ 40 bilhões, o prefeito só investe menos de 2% na Guarda Municipal.

No que diz à internação compulsória para usuários de drogas, Rodrigo Amorim afirmou que é integralmente favorável. Para ele, é importante combater o crescimento de áreas como Benfica, que conta com cracolândias surgindo semanalmente, porque Eduardo Paes teria feito vista grossa para esse problema. Caso ganhe, Amorim fará uso da internação compulsória e das comunidades terapêuticas. O candidato destacou que é necessário enfrentar o problema com firmeza, já que o uso de drogas é um problema de saúde pública e de segurança.

Sobre a atuação da milícia, Amorim afirmou que a cidade enfrenta um grande problema com o crime organizado tanto com a milícia quanto com o tráfico de drogas, que agem de maneira similar para dominar grandes áreas do estado. Para o deputado, combate à milícia exige uma ação conjunta entre as administrações municipal, estadual e federal. O município deve participar, com inteligência policial e controle rigoroso do solo, para evitar a expansão das áreas dominadas pelos criminosos.

Sobre a coordenação das diferentes esferas de governo, como faria para ultrapassar as diferenças, Rodrigo Amorim afirmou que o diálogo é importante. Ao presidir Comissão de Constituição e Justiça, na Alerj, Amorim disse que sempre manteve um diálogo institucional com todas as forças políticas, independentemente de ideologia. A experiência servirá de base para dialogar com todos os poderes, mesmo que sejam de esquerda, para garantir a segurança e o desenvolvimento da cidade, como faz o governador Tarcísio de Freitas, em São Paulo, colocando as necessidades da população acima das diferenças políticas.

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