Professora amarra criança a cadeira em sala de aula no Méier

Os pais da criança processam a unidade de ensino e a docente é alvo de um inquérito policial por maus tratos

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Foto: Reprodução

Um episódio ocorrido em maio deste ano está repercutindo: uma professora do Maple Bear Méier, colégio particular bilíngue da Zona Norte do Rio, amarrou um aluno de 5 anos numa cadeira, usando fita adesiva, durante uma atividade em sala de aula. Uma câmera de monitoramento flagrou o ocorrido.

Nas imagens, é possível ver o menino ficando de pé para mexer em um estojo. A professora o segura pelos braços e o coloca sentado na cadeira. Em seguida, a criança gesticula estendendo o estojo. Nesse momento, a mulher pega uma fita adesiva verde e amarra o aluno ao encosto da cadeira. Outra funcionária da escola se aproxima, mas não intervém no que está acontecendo.

Ainda no vídeo, a criança tenta se levantar de novo e a professora o contém com um dos braços. Depois, a mulher vai para a frente da turma e começa a dar uma explicação. Minutos depois, dois colegas se aproximam e conseguem retirar o adesivo.

Num primeiro momento, a direção da unidade escolar afirmou à família que a profissional havia recebido uma advertência verbal. Nesta quarta-feira, a rede Maple Bear afirmou, em nota, que a professora não faz mais parte de seus quadros.

O menino ficou duas semanas sem frequentar a escola, onde estudava desde os 2 anos. Mas pediu para voltar e os pais concordaram. Entretanto, ele mudou de colégio após dizer que a escola não estava mais legal.

Os pais da criança processam a unidade de ensino e a docente é alvo de um inquérito policial por maus tratos.

A rede Maple Bear afirmou que não tolera “qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório por parte de nenhum membro de nossas escolas franqueadas”.

“Ciente do nosso compromisso de zelar pela dignidade de nossos estudantes, informamos que não toleramos qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório por parte de nenhum membro de nossas escolas franqueadas e situações como essa são sempre conduzidas com extremo rigor. Vale ressaltar que atualmente a professora em questão não faz mais parte do quadro de colaboradores da unidade franqueada. Por fim a rede reforça que estimula a adoção de critérios rigorosos para recrutamento e seleção de talentos, bem como promove diversas capacitações ao staff desde a contratação. As escolas também promovem práticas junto aos colaboradores com temáticas de saúde mental, regulação emocional e segurança psicológica, com o objetivo de promover um ambiente saudável e harmonioso dentro de nossa comunidade escolar. O caso tramita em segredo de justiça para preservar a criança”, diz a nota.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Misturar educação com negócio rentável dá nisso também. A professora e a instituição precisam ser severamente punidas. A primeira com prisão, a segunda com a suspensão de licença de funcionamento.

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